Di Grassi responde Bolsonaro e diz que autódromo no Rio de Janeiro “não faz sentido”
Piloto ressaltou que esses investimentos tem sido cada vez menos comum no mundo do automobilismo
Felipe André
Após o presidente Bolsonaro afirmar na última segunda-feira (24) que a Fórmula 1 está 99% fechada com o Rio de Janeiro a partir de 2021, deixando assim São Paulo, o piloto Lucas Di Grassi publicou um vÃdeo em suas redes sociais como resposta. O ex-piloto da Virgin Racing, na F1, e campeão mundial da Fórmula E em 2017, afirmou que a construção “não faz sentido”.
Durante a corrida presidencial, Di Grassi declarou apoio ao até então candidato do PSL, que se tornou o presidente, mas ressaltou que esses investimentos tem sido cada vez menos comum no mundo do automobilismo.
“Isso não vai acontecer. Nenhuma empresa privada em sã consciência que faça qualquer análise de mercado e business model [vai concluir] que não fecha a conta investir mais de R$ 500, 600 milhões para fazer um autódromo dessa magnitude em Deodoro. Não é porque é o Rio de Janeiro, é porque autódromos como esses estão quebrados mundo afora. Nürburgring e Silverstone estão à venda, vários outros. Então não faz sentido”, afirmou Di Grassi.
“É melhor manter a F1 em Interlagos, que está muito bem para uma categoria desse porte e, com esse incentivo federal, podemos trazer a Fórmula E para o Rio de Janeiro. Eu desenhei uma pista na Marina da Glória, desenhei também no Parque do Ibirapuera, em São Paulo”, completou Lucas.
Se a principal companhia de automobilismo mundial ficar em Interlagos – assim como o WEC, que retorna ao circuito em 2020 -, Di Grassi pediu empenho para trazer a Fórmula E ao Brasil – Rio de Janeiro, BrasÃlia e São Paulo já mostraram interesse – e lembrou que já desenhou pistas e tratou de pedir ajuda para desenvolver o esporte no paÃs, que não utiliza um autódromo, mas sim pista de ruas e conta com pilotos brasileiros como Di Grassi, Felipe Massa e Nelson Piquet Jr.