Luiz Felipe Mendes

As primeiras finalistas da
Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2019 foram definidas. A equipe dos Estados
Unidos derrotou a Inglaterra por 2 a 1 no Estádio Parc Olympique Lyonnais, na
cidade de Lyon, e se classificou para a grande decisão do Mundial da França. As
adversárias das norte-americanas serão decididas nesta quarta-feira (3) no embate entre Holanda e
Suécia, às 16 horas no mesmo estádio. A final está marcada para o próximo
sábado (6), em Nice, às 12 horas.

O que não faltou foi
oportunidade de perigo para os dois lados. Na primeira partida da semifinal, havia
uma disputa histórica em jogo – os colonizadores contra os colonizados.
Brincadeiras à parte, os dois times chegaram com moral na penúltima etapa da
Copa, embalados por boas vitórias na trajetória do torneio. Talvez os Estados
Unidos tivessem um pouco mais de favoritismo em razão dos talentos individuais
e do peso dos três títulos conquistados, caracterizando-a como a seleção mais
vencedora da competição. Contudo, a Inglaterra não iria dar o braço a torcer, ainda
que sua melhor colocação tivesse sido em 2015, quando ficaram em terceiro
lugar.

O confronto foi agitado. No
primeiro tempo, a pressão começou cedo, e logo aos nove minutos Press cabeceou
para o fundo das redes e abriu o marcador. As inglesas não se abateram e, menos
de dez minutos depois, empataram a peleja em finalização de White. O jogo
estava franco, e um novo gol parecia amadurecer na atmosfera. Foi exatamente o
que aconteceu aos 30, quando Alex Morgan colocou os EUA na frente novamente, em
outro cabeceio. A primeira etapa foi encerrada pela árbitra brasileira Edina
Alves, que apitava em companhia das compatriotas Neuza Back e Tatiane dos
Santos, nas funções de assistentes.

O segundo tempo não apresentou mais gols, mas teve incontáveis chances.
As inglesas chegaram a empatar aos 21, mas o árbitro de vídeo entrou em ação e
apontou impedimento no lance; White lamentou. A mesma atacante, que já havia
marcado o primeiro gol, quase completou para as redes pouco depois, mas furou.
Contudo, o VAR mostrou possível lance de pênalti, e a árbitra acatou a decisão.
Houghton foi para a bola, mas bateu fraco e facilitou para a goleira Naeher. A
partir dali, os Estados Unidos administraram o placar e se classificaram para
sua quinta final nas oito edições até aqui. As adversárias saem na quarta à tarde –
a Holanda busca ir para uma inédita decisão, enquanto as suecas querem superar
o vice-campeonato de 2003.