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terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Freguesia continua

Brasil vence Argentina e volta a final da Copa América após 12 anos

Gabriel Jesus e Roberto Firmino marcam e trocam assistências para aumentar a freguesia sobre a Argentina, próxima parada é o Rio de Janeiro – Felipe Moreno / MoWa Press

Postado em 3 de julho de 2019 por Raphael Bezerra
Brasil vence Argentina e volta a final da Copa América após 12 anos
Gabriel Jesus e Roberto Firmino marcam e trocam assistências para aumentar a freguesia sobre a Argentina

Felipe André

Especial para O Hoje

O fantasma do Estádio Mineirão foi embora. Não teve Messi,
Aguero ou Di Maria que aguentasse o Brasil que bateu a Argentina por 2 a 0, com
gols de Gabriel Jesus e Roberto Firmino para retornar a final da Copa América
após 12 anos, quando em 2007 foram campeões justamente contra os “hermanos”,
agora só resta o adversário.

O Brasil não foi brilhante, assim como não foi durante toda
a Copa América, mas contou com fatores determinantes. O time de Tite levou duas
bolas na trave (uma em cada tempo), deu espaço excessivo para Messi, que só era
parado com falta, e foi dominado durante boa parte do jogo, principalmente após
o primeiro gol marcado. No entanto, teve a favor o brilho de jogadas
individuais e o equilíbrio defensivo.

O clima era de uma verdadeira decisão, Brasil e Argentina brigaram
por cada bola, não tiraram o pé em dividida e até trocaram empurrões ao longo
do jogo. Com o apoio da torcida em Belo Horizonte que estava disposta a
esquecer o fantasma do 7 a 1, a seleção brasileira encurralou os “hermanos”,
que esperavam por uma oportunidade. Aos 11 minutos o Mineirão se calou, Paredes
arriscou de muito longe e passou muito próximo ao travessão de Alisson.

Aos 20 minutos um gol que como era dito antigamente “valeu o
bilhete”. Daniel Alves aplicou um lençol em Acuña, limpou Paredes e sem olhar
tocou para Firmino, que de primeira encontrou Gabriel Jesus na pequena área que
também de primeira mandou para o fundo da rede, sem chance para Armani.

Desde então o cenário foi outro, os argentinos precisavam do
gol, enquanto os comandados por Tite aguardavam a oportunidade de um
contra-ataque. Liderados por Messi, a Argentina partiu para cima, mas parou na
defesa da seleção brasileira.

No intervalo Tite deixou claro o que estava falando antes
mesmo da Copa América começar, ele quer ganhar o torneio e não apenas usar como
laboratório para novos jogadores. Após um primeiro tempo apagado de Everton, o
treinador escolheu pela experiência de Willian ao invés da juventude de David
Neres ou Richarlison. Quando Marquinhos se lesionou e precisou ser substituído,
Tite chamou Miranda e deixou Militão de fora.

Se até a partida iniciar Gabriel Jesus ainda não havia
marcado um gol na Copa América ou dado uma assistência, o atacante do
Manchester City-ING guardou sua melhor aparição para o maior rival do Brasil.
Aos 25 minutos da segunda etapa, Jesus partiu sozinho e ganhou na disputa
contra o Otamendi, companheiro de clube na Inglaterra, limpou outro adversário
e tocou para Roberto Firmino que com o gol aberto apenas empurrou para o fundo
da rede.

Agora a freguesia argentina aumentou. Para a Fifa, esse foi
o 106º confronto entre as duas seleções. O Brasil venceu 42 jogos, quatro a
mais que a Argentina. Houve 26 empates. É um número de jogos maior do que o
estimado por CBF e AFA. A Fifa possibilita apenas uma consulta global dos
confrontos e não a checagem de cada partida.

A torcida brasileira soltou do fundo do peito gritos de
“olé” e “eliminado” direcionado para os argentinos presentes no Mineirão. Agora
a seleção brasileira espera o vencedor do confronto entre Peru e Chile, hoje,
às 21h30 em partida que acontece na Arena do Grêmio, no Rio Grande do Sul.

FICHA
TÉCNICA
Brasil 2×0 Argentina

Data: 2 de julho, 2019
Horário: 21h30 (horário
de Brasília)
Local: Estádio Mineirão, Belo Horizonte-MG


Árbitro: Roddy
Zambrano (EQU)
Assistentes: Christian Lescano (EQU) e Byron Romero (EQU)

Gols:
Gabriel Jesus 18’ 1T e Roberto Firmino 25’2T (Brasil)

Brasil: Alisson; Daniel
Alves, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro; Casemiro, Arthur e Philippe
Coutinho; Everton (Willian), Gabriel Jesus (Allan) e Roberto Firmino. Técnico:
Tite

Argentina: Armani, Foyth, Pezzella, Otamendi e Tagliafico (Dybala);
Paredes, De Paul (Lo Celso) e Acuña (Di Maria); Messi, Agüero e Lautaro
Martínez. Técnico: Lionel Scalino

 

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