Polícia Civil cumpre mandados de busca e apreensão na sede do Cruzeiro
Com contratos e planilhas de controle interno, são apontadas provas de que o Cruzeiro quebrou regras da Fifa, da CBF e do governo federal – Foto: Washington Alves / Cruzeiro
Felipe André
A Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na sede do Cruzeiro e nos centros de treinamentos dos profissionais e das categorias de base: Toca da Raposa e Toquinha. Além da investigação no clube mineiro, o mandado também foi cumprido nas residências do presidente Wagner Pires de Sá, de Itair Machado, vice-presidente de futebol, e Sérgio Nonato, diretor-geral do Cruzeiro. A informação foi inicialmente publicada pelo jornal O Tempo.
A operação é realizada pela Divisão Especializada de Investigação a Fraudes da Polícia Civil. A corporação não divulgou maiores detalhes e se a investigação está relacionada com as buscas que começaram no ano passado. O inquérito se sustenta em pagamentos feitos pelo clube durante o ano de 2018. Com contratos e planilhas de controle interno, são apontadas provas de que o Cruzeiro quebrou regras da Fifa, da CBF e do governo federal, por meio do Profut – o programa de renegociação de dívidas fiscais com clubes. A dívida do clube chega a R$ 500 milhões.
O principal caso é o de Cristiano Richard dos Santos Machado, empresário e sócio de firmas de locação de veículos e equipamentos para proteção individual. Em 1°de março de 2018, ele teria assinado um contrato no qual formalizava o empréstimo de R$ 2 milhões para o Cruzeiro. O valor seria pago em duas parcelas mensais, mas o clube não conseguiu. Alegando não ter condições financeiras para tal, a divida teria sido quitada com a cessão de direitos desportivos.