Hacker rouba dados de milhões de clientes de banco nos Estados Unidos
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos comunicou que o FBI (Federal Bureau of Investigation) prendeu a suspeita de cometer o crime.
Nos Estados Unidos, hacker rouba dados de mais de 100 milhões de clientes do banco Capital One. No mesmo dia, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos comunicou que o FBI (Federal Bureau of Investigation) prendeu a suspeita de cometer o crime. A suposta hacker, Paige A. Thompson, é especialista em Tecnologia da Informação, tem 33 anos e foi presa em Seattle, no estado de Washington. Ela pode ser condenada a até cinco anos de prisão.
De acordo com o FBI, foi a própria Thompson que divulgou o roubo através da plataforma de desenvolvimento colaborativo GitHub, de propriedade da Microsoft. O banco afirmou acreditar ser improvável que a informação vazada tenha sido usada para fraudes, mas que continuará a investigar. Um usuário do GitHub alertou a Capital One do vazamento, e o banco comunicou o caso ao FBI no último dia 19.
Ativos de 373,6 bilhões de dólares
O banco é a 10ª maior instituição financeira dos EUA e o sétimo maior banco privado do país, com ativos de 373,6 bilhões de dólares. “Ainda que seja grato que o autor tenha sido preso, lamento profundamente o que aconteceu”, disse em nota um dos diretores do banco, Richard D. Fairbank.
“Eu sinceramente peço desculpas pela compreensível preocupação que este incidente deve estar causando aos afetados e eu me comprometo a consertá-lo.” De acordo com o banco, com sede em McLean, no estado da Virgínia, Thompson acessou os dados de cerca de 100 milhões de pessoas nos Estados Unidos e outras 6 milhões no Canadá que adquiriram produtos associados a cartão de crédito ou solicitaram cartão bancário do Capital One entre 2005 e 2019.
Na grande maioria dos casos, foram afetados dados pessoais, como nomes, endereços, números de telefone, datas de nascimento ou renda, além de histórico de crédito. Mas Thompson também obteve os números da Previdência Social de 140 mil pessoas nos EUA e 1 milhão no Canadá. Também teve acesso a números de conta bancária de 80 mil pessoas, conforme reconhecido pela entidade.