Polícia indicia mais de 30 pessoas por construções irregulares
Foram identificados 25 loteamentos e 650 imóveis construídos, muitos de alto padrão e a poucos metros da água
Da Redação
A Polícia Civil concluiu nesta quarta-feira (14) dez inquéritos relacionados à investigação sobre construções irregulares às margens do Rio Uru, que corre por seis cidades de Goiás. Segundo o delegado Luziano de Carvalho, responsável pelo caso, mais de 30 pessoas foram indiciadas, incluindo fazendeiros, loteadores, imobiliárias, corretores, agrimensores e pessoas que compraram os terrenos e construíram imóveis no local. Os nomes não foram divulgados.
Ainda de acordo com o delegado, durante a apuração, a polícia localizou, ao longo de 100 km do leito do rio, em áreas de preservação permanente, 25 loteamentos e 650 imóveis construídos, muitos de alto padrão.
O Rio Uru nasce em Americano do Brasil e passa ainda pelas cidades de Goiás, Itaberaí, Itaguaru, Itapuranga e Uruana. Algumas construções são edificadas a poucos metros da água.
Os fazendeiros e loteadores irão responder pelo crime de parcelamento irregular do solo, que tem pena de até 5 anos em caso de condenação. Já os outros suspeitos foram indiciados pelos crimes de impedir ou dificultar a regeneração natural e construir em Áreas de Preservação Permanente. A pena pode chegar a um ano para cada caso, mais multa de até 100 mil.