8,5 milhões de brasileiros já foram vítimas de clonagem de WhatsApp
Segundo pesquisa realizada pela PSafe, esta modalidade de golpe faz 23 novas vítimas todos os dias no Brasil.
Da Redação
Dados da pesquisa PSafe revelam que que 8,5 milhões de brasileiros já foram vítimas de clonagem de WhatsApp, o que representa 23 novas vítimas desta modalidade de golpe diariamente em todo o país. Ainda segundo a pesquisa, 26,7% dos entrevistados apontaram o vazamento de conversas privadas como o principal prejuízo da clonagem de WhatsApp, seguido de envio de links com golpes para outros contatos (26,6%); solicitações de dinheiro aos amigos (18,2%), perda da conta do WhatsApp (18,0%); e chantagem (10,5%). Clique aqui para conferir a pesquisa na íntegra.
Na última semana, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgou que 12 milhões de brasileiros já foram vítimas de golpes na internet e que fraudes somam R$ 1,8 bilhão em prejuízos. A maioria reclama de ter comprado produtos e não recebê-los
WhatsApp na mira dos cibercriminosos
Apesar de não ser uma prática inédita, a clonagem de WhatsApp ganhou destaque este ano no Brasil devido aos inúmeros relatos de usuários que foram vítimas de cibercriminosos. Somente no primeiro semestre de 2019, o dfndr lab – laboratório especializado em segurança digital – registrou mais de 134 mil tentativas de roubo de WhatsApp. O diretor do laboratório, Emilio Simoni, explica o passo a passo do golpe:
“Para clonar uma conta de WhatsApp, o cibercriminoso cadastra indevidamente o número de telefone do usuário em outro dispositivo e, após esse processo, um SMS contendo um código de liberação de acesso é enviado ao celular da vítima. Depois, ela é induzida a fornecer esse código ao hacker e, em seguida, a sua conta de WhatsApp é bloqueada”, relata Simoni.
Principais prejuízos para as vítimas
Ao ter livre acesso ao WhatsApp de um usuário, o hacker pode se passar por ele para aplicar golpes em seus amigos e familiares. É bastante comum que o cibercriminoso faça solicitações de empréstimos, envie links com outros golpes para os contatos registrados no mensageiro e, também, use o conteúdo privado das mensagens para, posteriormente, fazer chantagens com a vítima em troca de dinheiro.
Por isso, Simoni alerta que o usuário jamais deve informar o código de liberação de acesso do WhatsApp que ele recebe para terceiros. Além disso, é recomendável ativar a autenticação de dois fatores, disponível no próprio WhatsApp, para aumentar a segurança da conta.
* Com informações PSafe