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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Obras

Leste-Oeste deve ficar pronta em 2020

De acordo com a prefeitura, obras de continuação da Avenida seguem em ritmo adiantado. Foto: Wesley Costa

Postado em 21 de agosto de 2019 por Sheyla Sousa
Leste-Oeste deve ficar pronta em 2020
De acordo com a prefeitura

Higor Santana

De acordo com a Prefeitura de Goiânia, as obras de continuação da Avenida Leste-Oeste no trecho que liga o centro a Senador Canedo, seguem em ritmo acelerado. Segundo a gestão municipal, os trabalhos estão sendo concentrados no trecho Leste, que liga o Centro à GO-403, que dá acesso a Senador Canedo. Orçada em pouco mais de R$ 68 milhões, a previsão é de que a obra seja concluída até o final de 2020.

De acordo com a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), o trecho Leste se estende por 8,1 quilômetros. O trajeto em execução segue o leito da antiga Estrada de Ferro, saindo de interseção com a Rua 74 no Setor Central, passando entre a Estação Ferroviária e entre a obra de revitalização da Praça do Trabalhador e a Rua 67-A. Por fim, a avenida segue até encontrar a Avenida das Cerâmicas, na GO-403, divisa com Senador Canedo.

Ainda segundo a Seinfra, a obra ocorre simultaneamente em locais diferentes, e já conta com a execução do bueiro no Córrego Palmito, entre a BR-153 e a Avenida Manchester, na Vila Moraes. Terminado o bueiro, a secretaria informou que já deve iniciar a execução das pistas de rolamento. “É uma pista de 30 metros de caixa, onde teremos duas pistas de mão dupla com três metros de passeio de cada lado e um canteiro central de quatro metros o que forma futuramente a instalação do BRT”, explicou o titular da Seinfra, Dolzonan Mattos.

Ainda segundo Dolzonan, uma ponte sobre a marginal Botafogo e um viaduto na BR-153, ainda na Vila Moraes, também estão previstos. Ao todo, a avenida Leste-Oeste conta com 45 quilômetros de extensão, que vai desde a divisa com Senador Canedo até a divisa de Trindade. De acordo com a prefeitura, todo o trabalho está orçado em R$ 68 milhões e será custeado em uma parceria da prefeitura com o Governo de Goiás, que deve arcar com 50% desse valor.

Trânsito e mobilidade

Além de ressaltar a importância da obra, Dolzonan acredita que depois de pronta, a avenida vai contribuir para desafogar o trânsito em uma das regiões mais movimentadas de Goiânia. “É uma obra extremamente importante para se resolver o problema de trânsito em Goiânia. já também em processo de licitação do outro trecho da obra que vai da avenida Castelo Branco até a divisa de Trindade. Isso deve sair ainda este mês para que a gente entregue todas as obras ainda no governo Iris Resende”, afirmou.

O secretário explicou ainda que o projeto foi feito já pensando na implantação de um futuro Bus Rapid Transit (BRT), interligando as regiões Leste e Oeste da cidade. Segundo ele, a avenida tem uma dimensão de 30 metros de um lado até o outro, sendo três metros de calçada em cada um dos lados, 10 metros de asfalto em cada uma das pistas e um canteiro central de quatro metros, que seria utilizado para a implantação do BRT. 

Vencedora da concorrência pública, a construtora Sobrado Construção Ltda é a responsável pela execução desse novo trecho de 8,1 km de extensão e também da construção da ponte sobre o córrego Botafogo, próximo à pecuária, e do viaduto da BR- 153.

A prefeitura divulgou ainda, que ainda estão previstas obras de reconstrução asfáltica de 630 km de ruas e avenidas de 107 bairros de Goiânia, além da construção do viaduto da Avenida Jamel Cecílio com a Marginal Botafogo e do viaduto que vai ligar o Jardim Goiás e o Jardim Novo Mundo.

 

Obra deve desapropriar cerca de 250 famílias 

Segundo o secretário, a princípio não será feito nenhum desvio no trânsito. Entretanto, a obra vai passar por locais onde ainda existem invasões. “Serão umas 250 remoções. Temos que arrumar um lugar para transferir esse pessoal, mas a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh) está cuidando deste assunto. Já retiramos algumas casas, mas ainda tem algumas invasões que nós vamos retirar. Nós vamos por parte, nos espaços que estiverem realmente livres para a empresa desenvolver o trabalho. Ao longo da obra, a prefeitura fará todas as desapropriações para que durante a obra não tenhamos problemas de interromper a obra”, explicou o titular da Seinfra.

Mattos destacou ainda que muitas famílias também foram notificadas e que em alguns casos a prefeitura tem buscado a elaboração de um documento recíproco. “Esse documento deve garantir aos moradores desapropriados acesso à indenização e, claro, que a prefeitura possa iniciar a demolição de seus imóveis”, conclui.

Frentes de trabalho

Atualmente a prefeitura conta com diversas frentes de trabalho espalhadas por Goiânia. Um exemplo, são as obras de implementação da rede de drenagem na Avenida Goiás, no Centro. Essa obra, de acordo com a Secretaria de Infraestrutura, deve solucionar de vez os problemas de enchentes e alagamentos nas proximidades da avenida Goiás, Região da 44, Avenida Independência, Praça do Trabalhador, Praça do Bandeirante e Praça Cívica.  A obra faz parte da implementação do BRT, e deve ficar pronta até o segundo semestre de 2020.

Além da rede de drenagem, a construção da trincheira no cruzamento da Rua 90 com a 136, no setor Sul, e o viaduto entre a Marginal Botafogo e Avenida Jamel Cecílio, que faz parte do projeto prolongamento da Marginal, são outras frentes que segundo a prefeitura, devem melhorar o trânsito na Capital. 

De acordo com a Secretaria de Infraestrutura, ainda este ano, a pasta pretende iniciar a construção de um viaduto ligando o Jardim Novo Mundo ao Setor Leste Universitário, atravessando a BR-153. Todas as frentes, segundo a prefeitura, são apontadas como grandiosas, no entanto podem comprometer o trânsito da Capital durante o período de execução. 

BRT

Ao todo, as obras que fazem parte do projeto BRT-Norte/Sul estão orçadas em R$ 70 milhões e tem previsão de término no fim de novembro deste ano. Segundo a prefeitura, o BRT Goiânia deve resolver a situação da mobilidade na Capital. Com a criação de um corredor exclusivo com 21,8 quilômetros de extensão, o projeto interligará as regiões Sul e Norte da cidade. Ainda de acordo com a gestão municipal, o BRT beneficiará cerca de 120 mil usuários por dia. 

A capacidade de transporte em horários de pico será, em média, de 15 mil pessoas. O projeto prevê a utilização de 93 ônibus, que irão operar em quatro linhas, circulando na velocidade estimada de 28 km/h. A frota irá atender 148 bairros da Capital e o município vizinho, Aparecida de Goiânia. Ao todo, serão 39 plataformas de embarque e desembarque, além de seis terminais. (Higor Santana é estagiário do Jornal O Hoje sob orientação do editor de cidades Rhudy Crysthian) 

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