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terça-feira, 26 de novembro de 2024
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Investigação

Helicóptero que caiu e matou três no Lago das Brisas realizou manobras arriscadas

Segundo delegado, helicóptero não poderia voar naquele local. Em depoimento, sobrevivente disse que foi ‘arremessada’ antes de helicóptero cair na água. Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Postado em 26 de agosto de 2019 por Aline Carleto
Helicóptero que caiu e matou três no Lago das Brisas realizou manobras arriscadas
Segundo delegado

Da Redação

A Polícia Civil confirmou que o helicóptero que caiu matando três pessoas no Lago das Brisas, em Buriti Alegre, no sul de Goiás, realizou manobras arriscadas horas antes, no mesmo local. Imagens que circulam nas redes sociais mostram a aeronave em dois momentos, sobrevoando bem perto da água e dando rasantes. No entanto, a polícia não soube confirmar se, naqueles momentos, o helicóptero, prefixo PR-APN, era pilotado por Ricardo Magalhães Barros. Além dele, também morreram duas passageiras: a advogada Mickaelly Damasceno e a servidora pública Miriam Carolina Fontana.

Uma quarta ocupante, que pediu para não ter a identidade divulgada, caiu na água, mas sobreviveu. Ela foi resgatada por um barco e levada ao hospital e já recebeu alta. O acidente aconteceu na noite de sábado (24). O delegado Ricardo Chueire, que investiga o caso, disse que o helicóptero tinha licença para voar à noite, mas não naquele local e disse que as manobras registradas no vídeo são bastante arriscadas. “São manobras proibidas. Não se pode fazer aquilo. E mesmo tendo licença para voar à noite, não poderia voar naquele local, não poderia ter sequer decolado naquela região. É um local improvisado para decolagem e pouso e não tem VFR noturno”, afirmou. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou, por e-mail, que “a aeronave citada estava em condições regulares de voo”. Conforme o documento, ela poderia realizar voos à noite, mas não tinha autorização para realizar táxi aéreo.

Arremessada

A sobrevivente prestou depoimento à polícia sobre o caso no início da tarde de domingo. Segundo Chueire, ela afirmou que foi arremessada antes de o helicóptero cair na água. “Essa sobrevivente relata um estrondo, seguido de perda de sustentação da aeronave e, nos próximos segundos, a queda. Ela conta que foi atirada fora da aeronave, e que, devido às condições do local, de luminosidade, ela não conseguiu ver mais nada e acabou saindo das imediações a nado, sendo socorrida depois por algumas embarcações que foram até o local”, explicou.

De acordo com Chueire, ela disse ainda que eles estavam em uma festa em um condomínio em volta do Lago das Brisas, na qual ela e as três vítimas teriam consumido bebidas alcoólicas durante a tarde. “Há relatos do uso de bebidas alcoólicas durante toda a tarde, que inclusive, no momento do passeio à noite, era perceptível que as pessoas ali estavam ainda sob efeito de álcool, incluindo o piloto”, afirmou Chueire.

Ainda segundo o delegado, a sobrevivente também teria dito, em depoimento, que a namorada do piloto, Miriam Fontana, a convidou para fazer um passeio de helicóptero. “Eles saíram do condomínio onde estava tendo a festa, pegaram um barco e foram até onde o helicóptero estava pousado, próximo a um hotel. Eles fizeram o passeio, que durou cerca de 15 minutos e, quando estavam retornando, o helicóptero caiu”, relatou.

Causas das mortes

De acordo com informações do Instituto Médico Legal (IML) de Itumbiara, Miriam Fontana e Mickaelly Damasceno morreram por asfixia por afogamento. Já o piloto Ricardo Barros sofreu politraumatismo, além de asfixia por afogamento. Os corpos foram liberados do IML de Itumbiara às 17h30 de domingo. 

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