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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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MP-GO

Operação cumpre 39 mandados de prisão em Goiás

Ação combate roubo e receptação de cargas, agiotagem e lavagem de dinheiro. Foto: Reprodução

Postado em 29 de agosto de 2019 por Redação
MP-GO denuncia seis agentes e um detento por estupros na cadeia
Crime era cometido contra detentos da ala feminina em troca de favores como maço de cigarros e banhos de sol prolongados. Foto: Divulgação / MPGO

Aline Bouhid

Nesta quinta-feira (29), o Ministério Público (MP) realiza a Operação Mercúrio em Goiás e outros nove estados. São ao menos 11 cidades goianas onde devem ser cumpridos 39 mandados de prisão e 36 de busca e apreensão. O foco são pessoas e endereços ligados ao roubo e receptação de cargas, agiotagem e lavagem de dinheiro. O promotor de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais, Daniel Marotta Martinez, explica que o foco da operação foi o trabalho dos receptadores de mercadorias. Até o final do dia, o MP fará balanço com a quantidade de prisões. Em coletiva para imprensa, o promotor adiantou a participação, inclusive, de policiais no esquema. 

“Dos intermediários, 13 integrantes são daqui e um em Uberlândia.  O prejuízo estimado causado pelo grupo é de R$ 40 milhões de reais, desse valor, R$ 15 milhões só com notas fiscais falsas e outro tantos sem nota”, explicou Daniel.

O grupo utilizava notas inidôneas que eram espelho de notas fiscais reais. ” A nota fiscal era formalmente perfeita, mas com conteúdo inidôneo, onde as empresas nem ao menos existiam”, comentou. Outro ponto explicado pelo promotor era que as empresas chegavam a dar entrada as mercadorias, como lícitas, inclusive aproveitando créditos tributários de ICMS, por exemplo. 

“As mercadorias entravam em circulação como legítimas. Eram defensivos agrícolas, materiais agropecuários, sementes, adubos e carregamentos diversos de transportadoras”, finalizou. Os outros estados envolvidos são: Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Pará, Paraná, Mato Grosso, Tocantins e Pernambuco.

As investigações do órgão apontaram que há chefes do grupo criminoso em Goiânia e em Uberlândia. Segundo o MP-GO, 93 mandados de prisão foram expedidos para os 10 estados. Além dos pedidos de bloqueios judiciais de R$ 40 milhões, devem ser apreendidos cerca de 200 veículos.

Em Goiás, os mandados serão cumpridos nas seguintes cidades:

  • Goiânia
  • Aparecida de Goiânia
  • Vianópolis
  • Anápolis
  • Trindade
  • Gouvelândia
  • Santa Helena de Goiás
  • Itumbiara
  • Silvânia
  • Rio Verde
  • Quirinópolis 

As investigações duraram cerca de dez meses e tiveram como origem as Operações Catira e Fideliza, deflagradas pela Polícia Federal em 2015. Estão sendo cumpridos 45 mandados de prisão preventiva e 49 mandados de prisão temporária. Em Goiás, são 17 mandados de prisão preventiva e 22 de prisão temporária.

A essas prisões somam-se ainda os 110 mandados de busca e apreensão, que estão sendo cumpridos nas cidades de Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Bela Vista de Goiás, Gouvelândia, Inhumas, Itumbiara, Quirinópolis, Rio Verde, Santa Helena de Goiás, Silvânia, Trindade, Vianópolis, Araguari (MG), Iraí de Minas (MG), Patrocínio (MG), Santa Juliana (MG), Uberlândia (MG), Campo Grande (MS), Chapecó (SC), Franca (SP), Belém (PA), Londrina (PR), Olinda (PE), Taipas do Tocantins (TO) e Várzea Grande (MT). Foi determinado o bloqueio bancário de R$ 40 milhões, bem como decretado o sequestro de mais de 200 veículos.

A Operação Mercúrio contou ainda com o apoio das Polícias Militar e Civil de Goiás, Secretaria da Fazenda de Goiás, Polícia Militar de Minas Gerais, Administração Penitenciária de Minas Gerais (Suape) e do Grupo Especial do Patrimônio Público do MP-MG (GEPP). Os números finais serão divulgados tão logo sejam encerradas as diligências.  (Em atualização)

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