Produtores rurais do Meia Ponte foram flagrados irrigando durante o dia, neste domingo (8)
O principal manancial da Capital continua em nível crítico e o agravamento da crise hídrica não está descartada; duas semanas atrás, a Saneago propôs rodízio de abastecimento para a população. Foto: reprodução.
Nielton Soares
O Governo Estadual, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), anunciou neste domingo (8) que irá intensificar a fiscalização na bacia do Rio Meia Ponte. Na manhã de hoje, a medição da vazão média do manancial registrou níveis críticos, chegando a 2.324 l/s, ante 2.700 l/s desde a última baixa da vazão registrada no dia 14 de agosto.
Por meio de nota, o órgão afirmou que “foram tomadas providências enérgicas para a retomada dos níveis que permitem manter a estabilização verificada nos últimos 23 dias”. Já ao meio-dia deste domingo já foi registrado uma melhora na recuperação do volume de água, chegando a 2.887 l/s.
A fiscalização ao consumo de água na região do Meia Ponte está sendo feita pelos servidores da pasta com apoio tático da Polícia Militar de Goiás (PM-GO). Nas operações dessa manhã de domingo, a equipe flagrou produtores utilizando irrigação durante o dia, ao que é proibido. “Os que forem alcançados com práticas irregulares serão penalizados com o lacre e até apreensões de bombas”, conta da nota.
Crise hídrica
O documento reforçar ainda que o governo não irá tolerar infrações e crimes ambientais, os quais serão severamente punidos. Ações tenta manter a vazão do rio em 2.700 l/s. A crise hídrica tem se agravado nos últimos dias e medidas apresentadas pela Saneago, em racionalizar água por meio de rodízio, assustou a população da Capital e de Aparecida de Goiânia, que são abastecidas pelo Rio Meia Ponte.
Duas semanas atrás, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) convocou uma reunião emergencial, após a aprovação de medidas duras à população pelo Agência Goiana de Regulação (AGR), onde se encontraram representantes da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e da Saneago. Na ocasião, foi exigindo fiscalização a todos que possuem outorgas na bacia do Meia Ponte, como indústrias e produtores rurais, para que também eles tomassem medidas de economia do consumo, além disso, o combate à captação ilegal de água.