Servidores públicos de Goiás são alvos de operação de combate à corrupção bancária
O MP-GO fez busca e apreensão, além de prisões preventivas e temporárias; Operação Open Doors busca combater invasão de contas bancárias e transações ilegais – Foto: divulgação.
Nielton Soares
Servidores públicos e hackers de
Goiás são alvos de investigação sobre invasão de contas e transações bancárias
de correntistas. A 5ª fase da operação batizada de Open Doors foi deflagrada na
manhã desta quinta-feira (12). O objetivo foi cumprir 87 mandados judiciais
como busca e apreensão em todo o Brasil. Foram efetivadas prisões, funcionários
suspeitos tiveram que se afastar das funções públicas e muitos deverão utilizar
tornozeleiras eletrônicas.
A ação é articulada pelo Grupo
Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC) e contou com o apoio do
Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio do núcleo no estado. Ao Hoje, a Gaeco-GO informou que os agentes estaduais deram apenas um apoio às
ações dos procuradores do Rio de Janeiro e não informou mais detalhes do caso.
Por enquanto, as investigações seguem em segredo de justiça.
Já o coordenador do GNCOC, Alfredo
Gaspar de Mendonça Neto, explicou que a operação visa combater crimes contra a
administração pública, sendo voltado para investigar a participação de
servidores públicos em práticas criminosas, como fraudes em licitações, lavagem
de dinheiro, tráfico de influência, falsidade ideológica e material. Em Goiás,
o MP-GO prestou apoio no cumprimento de mandados de busca e apreensão, além de
efetuar prisões preventivas e temporárias. Além do Rio e Goiás, foram realizadas prisões nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná. O líder da organização criminosa foi preso dentro de cobertura de luxo, em Curitiba.
GNCOC
O Grupo Nacional de Combate às
Organizações Criminosas (GNCOC) congrega todos os Ministérios Públicos do
Brasil. O órgão foi criado em 2002, por iniciativa do Conselho Nacional de
Procuradores-Gerais dos Ministérios Públicos dos Estados e da União (CNPG). O
objetivo é o combate ao crime organizado. Além dos MPs, o trabalho é integrado
com as polícias civil, militar, federal e rodoviária federal. E tem o apoio,
ainda, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), das receitas estadual e
federal, da Agência Nacional de Petróleo, dentre outros órgãos.