“O Vila não vai deixar a bandidagem vencer”, afirma Ecival Martins
Prejuízo do clube esmeraldino pode chegar a R$ 150 mil – Foto: Paulo Massad/Vila Nova
Felipe André
O Vila Nova não vive seus melhores momentos. Com a
possibilidade de retornar a zona de rebaixamento após ter sido derrotado pelo
Botafogo-SP, no Serra Dourada, o clube agora precisa se preocupar com a
justiça. A cobrança passou do tom e a loja do time colorado no Setor Leste
Universitário foi incendiada, com prejuízo para o clube, mas que felizmente não
feriu ninguém.
“Vamos tomar as providências jurídicas cabíveis, já fizemos
a ocorrência tipificação do artigo 250, a pessoa responsável pode pegar de três
a seis anos de prisão. Pode haver um qualificador por ser uma entidade
esportiva que pode aumentar para quatro até nove anos. Agora será solicitado a
pericia técnica no local, para apurar algum vestígio, alguma coisa que possa
nos levar a quem cometeu esse ato. Vamos fazer uma varredura de câmeras para
ver se tem alguma movimentação e nós queremos pedir uma providência das
autoridades. O que estamos vendo são práticas repetidas, que banalizam o crime
no futebol“, disse a advogada e diretora jurídica do Vila Nova, Tathianne
Uchoa.
A chamada foi registrada pelo Corpo de Bombeiros, às 23h23 e
o prejuízo está sendo estimado em R$ 150 mil pela diretoria colorada. O
presidente Ecival Martins, juntamente com o diretor de marketing Evandro
Junior, compareceram ao 9º DP da Polícia Civil para registrar boletim de
ocorrência e dar andamento ao processo para identificar os autores do crime.
“Se esse bandido tivesse ido à sede do Vila e colocado fogo,
poderíamos estar vivendo uma tragédia do nível mundial. Ontem colocou fogo na
loja do Vila, mas e se isso tivesse acontecido na nossa sede da categoria de
base, como fica? Não quero fazer sensacionalismo, mas quero chamar atenção para
essa violência que não faz bem para o futebol. Eu não quero andar com
segurança, mas eu estou sendo ameaçado”, disse Ecival Martins
O dirigente aproveitou para fazer um desabafo. “O
Vila não vai deixar a bandidagem vencer. Se eu fosse ouvir a minha família, eu
estaria agora renunciando, mas eu não vou fazer isso. O bem tem que vencer o
mal. Todos na minha família querem que eu renuncie, é o que a família do
Marcelo Almeida [presidente do Goiás] quer e é o que a maioria das famílias dos
presidentes do futebol querem”, finalizou Ecival