Athletico fatura mais um título inédito
Pela grande decisão da Copa do Brasil de 2019, Furacão bate o Inter por 2 a 1 fora de casa e é campeão do torneio pela primeira vez
Luiz Felipe Mendes
De um lado, uma equipe em busca do bicampeonato. Do outro, um clube à procura de mais um troféu inédito para a galeria. Na semana passada, o Athletico Paranaense havia derrotado o Internacional por 1 a 0 na Arena da Baixada. Na noite desta quarta-feira, o Furacão contou com gols de Léo Cittadini e Rony para confirmar a conquista. O Inter ainda descontou com Nico López, mas não adiantou.
O jogo
O roteiro estava bem claro antes mesmo da bola rolar. Com a vantagem no agregado, o Athletico optou por jogar mais atrás, em busca do contra-ataque. O Inter, precisando de pelo menos um gol para levar a peleja até os pênaltis, tentou furar o bloqueio paranaense. Sem a presença de D’Alessandro, os gaúchos pressionaram e quase abriram o placar aos 19 minutos, em cabeceio de Wellington Silva. Porém, aos 23, foi o Furacão quem inaugurou o marcador.
Depois de roubar a bola, o time treinado por Tiago Nunes trabalhou a jogada e Rony foi acionado. Ele tocou para Marco Ruben e o centroavante só precisou dar um toque para achar Léo Cittadini, que por sua vez vinha invadindo a área. O jogador não perdoou e fez 1 a 0. O Inter não se entregou e reagiu. A estratégia deu resultado quando Nico López empatou na marca dos 30, após lance chorado que contou com bola na trave de Rodrigo Lindoso. Antes do intervalo, a equipe colorada ainda poderia ter virado, mas a igualdade permaneceu no placar.
O segundo tempo teve chances menos agudas. O técnico Odair Hellmann fez algumas alterações e os mandantes passaram a ter menos poderio ofensivo. De vez em quando, o Inter ainda conseguia chegar, mas nem de longe com tanto perigo quanto antes. Melhor para o Athletico, que jogava com calma em território hostil. Aos 30, por exemplo, Marcelo Cirino quase marcou de cabeça. Aos 41, ele deu uma caneta no defensor e se infiltrou na área, mas o passe não chegou redondo para Lucho. Um minuto depois, o goleiro Santos precisou trabalhar com os pés. Aos 51, Marcelo Cirino deu um drible genial de costas e mandou uma assistência para Rony fechar o caixão em Porto Alegre.
Título
Em 2013, o Athletico Paranaense bateu na trave. Chegou até a final e enfrentou o Flamengo, mas acabou perdendo a taça para os cariocas. Desde então, o Furacão se estruturou, mudou de nome, criou uma nova identidade visual e conquistou dois títulos inéditos na história do clube: a Sul-Americana e a Copa Suruga, no Japão. Agora, o torcedor pode sorrir com uma nova adição à sala de troféus, a da Copa do Brasil. (Luiz Felipe Mendes é integrante do programa de estágio do Jornal O Hoje)
Ficha técnica
Jogo: Internacional 1×2 Athletico. Local: Beira-Rio, em Porto Alegre-RS. Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (Fifa/Goiás). Assistentes: Bruno Raphael Pires (Fifa/Goiás) e Leone Carvalho Rocha (Goiás).
Internacional: Marcelo Lomba; Bruno (Nonato), Rodrigo Moledo, Victor Cuesta e Uendel; Rodrigo Lindoso, Edenilson e Patrick (Rafael Sóbis); Nico López, Wellington Silva (Guilherme Parede) e Guerrero. Técnico: Odair Hellmann.
Athletico: Santos; Khellven (Madson), Robson Bambu, Léo Pereira e Márcio Azevedo; Wellington, Léo Cittadini (Lucho González), Bruno Guimarães e Nikão; Rony e Marco Ruben (Marcelo Cirino). Técnico: Tiago Nunes.
Gols: Léo Cittadini, aos 23’ do 1ºT. Nico López, aos 30’ do 1ºT. Rony, aos 51’ do 2ºT.