STJD nega pedido e Figueirense permanece na Série B
Honigman foi destituído do poder na última sexta-feira (20), mas ainda constava como representante do clube junto à CBF – Foto: Matheus Dias/ Figueirense
Felipe André
Se a torcida do Figueirense está apreensiva com a fase do clube catarinense dentro de campo, a notícia que poderia abandonar a Série B foi um choque. A torcida então comprou a briga e proporcionou o maior público da temporada com 12.741 torcedores, na derrota para o líder Bragantino, por 3 a 0. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) garantiu nesta quarta-feira (25) que não vai aceitar o pedido do ex-gestor para que o clube abandone a competição.
Cláudio Honigman, no último final de semana, solicitou o abandono da equipe catarinense. Entretanto ele, assim como a empresa Elephant, já rescindiram o contrato de maneira unilateral a gestão do Figueirense e não respondem mais pela equipe. O contrato era de 20 anos e foi assinado em 2017. Honigman foi destituído do poder na última sexta-feira (20), mas ainda constava como representante do clube junto à CBF. Nesse meio tempo, ele protocolou o pedido de abandono do Figueirense na Série B, além de fazer um saque de R$ 260 mil da conta do Alvinegro, segundo a atual diretoria, que é comandada de forma interina por Chiquinho de Assis.
Confira a decisão do STJD:
Na última segunda-feira, o Figueirense enviou ofício à CBF pedindo o cancelamento imediato do jogo contra o Bragantino, a ser realizado nesta terça, dia 24 de setembro, pela Série B do Campeonato Brasileiro.
Em documento assinado pelo presidente da Elephant, Claudio Honigman, o clube alegou dificuldades financeiras e chegou a citar a greve de funcionários que resultou no WO diante do Cuiabá. Além disso, o ofício dizia também que uma grave crise política ronda o clube.
Após a comunicação, o presidente do STJD, Paulo Salomão Filho, recebeu o ofício e encaminhou para a Procuradoria analisar. Diante disso, o procurador-geral Felipe Bevilacqua emitiu um despacho solicitando esclarecimentos ao Figueirense no prazo de 24 horas. Foi aberto também um procedimento preliminar para averiguação das responsabilidades dos envolvidos, uma vez que o ato constitui infração.
Após recebimento do requerimento de manifestação, o clube emitiu documento garantindo que “de forma irrevogável e irretratável o Figueirense continuará na disputa da competição”.
A agremiação disse ainda que a empresa Elephant foi afastada do comando do clube em tutela de urgência na última sexta-feira, e que o ofício enviado não tem validade jurídica, uma vez que somente o presidente do Conselho Deliberativo, Francisco de Assis Filho, está habilitado para assinar qualquer representação.