Cooperativa e construtora são condenadas a ressarcir clientes, em Goiânia
Advogado estima que o valor ultrapasse os R$ 15 milhões, com correção e juros; compradores pagaram, mas não receberam os apartamentos – Foto: reprodução.
Nielton Soares
A Cooperativa Habitacional dos Servidores Públicos (Chasp) foi condenada pela Justiça, em Goiânia, a devolver aos compradores de apartamentos que não foram concluídos todo o dinheiro recebido. A sentença, publicada nesta sexta-feira (4), foi proferida pelo juiz da 5ª Vara Cível de Goiânia, Eduarto Tavares dos Reis.
A decisão se estende ao presidente da entidade Elísio Gonzaga da Silva e o proprietário da construtora Sarkis Engenharia Sarkis Nabi Cury. O ressarcimento será corrigido pelo INPC e juros de 1% ao mês. Advogado das vítimas, Sílvio Hideki Hishi, estipula que o valor ultrapasse em R$ 15 milhões. Ele pediu também o bloqueio dos bens de Elísio Gonzaga e Sarkis Nabi Cury, garantindo assim a devolução do dinheiro, recebido indevidamente.
A fraude teve início em 2002, quando a Chasp, uma cooperativa de corretores de imóveis, se passou por uma Cooperativa Habitacional, vendendo 140 unidades na planta aos clientes, que viram apenas uma construção erguida a com poucos metros e ser abandonada.
No decorre, Elísio passou o comando da empresa para o genro, Júlio Paulino, que em 2016, chegaram a fechar a sede da cooperativa para endereço desconhecido, deixando de pagar alugueis atrasados e direitos trabalhistas de uma funcionária. Por outro lado, consta na denúncia, que Júlio vivia ostentando com viagens pela Europa.
Sem receber o apartamento e nem a devolução do dinheiro, as vítimas procuraram a Polícia Civil, que começaram a investigar e pediram quebra de sigilo bancário dos dirigentes da Chasp e da Sarkis Engenharia.