Assassinato na Vila Mutirão, em Goiânia, foi “batizado” de facção, diz polícia
Carlos Vinícius foi preso nesta quinta (17); imagens de câmara de vigilância mostram quando o atirador passou pela vítima e retornou armado – Foto: divulgação.
Nielton Soares
Em menos de 24h, as Polícias Civil e Militar prenderam, nesta quinta-feira (17), Carlos Vinícius Lima da Silva, de 18 anos, acusado de matar Diego Silva Nascimento, de 31 anos, na Vila Mutirão, em Goiânia, na madrugada dessa quarta-feira (16).
O suspeito confessou o crime, alegando ter sido ameaçado pela vítima. Mas, segundo as investigações da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), na verdade, o assassinato faz parte do “processo de integração” para uma facção criminosa, conhecido como “batismo”.
A delegada Marcella Orçai contou que a vítima era usuária de drogas, porém não tinha passagem pela polícia. “O autor do homicídio, por sua vez, possui diversos registros de atos infracionais, quando ainda era menor de idade”, afirmou.
Imagens de câmaras de vigilância do local mostraram o momento do crime. Foi por elas, que a polícia rebateu a versão do acusado, pois a vítima foi surpreendida pelo atirador, que passou por ela anteriormente e depois retornou com a arma, disparando por trás.
Para o tenente-coronel Alessandro Arantes, a rapidez para prender o suspeito foi devido à parceria entre as policias. “Desde o primeiro momento após o crime, começamos a compartilhar informações. Foi uma operação feita por meio de parceria do início até o fim”, comentou.
Casos recentes
Os envolvidos na morte do motorista de aplicativo Carlos Augusto dos Santos Lopes, de 25 anos, também foram presos com menos de 24h. O crime aconteceu no domingo (13) e na segunda-feira (14) a Polícia Militar apresentou sete pessoas acusadas do assassinato após tentativa de roubo, sendo uma menor de idade. Três tiveram prisão preventiva e os demais liberados pela Justiça.