Relação PSL e presidente tem novo capítulo
A briga pela liderança do PSL na Câmara, protagonizada na semana passada pelos deputados Delegado Waldir (GO) e Eduardo Bolsonaro (SP) ganha novos contornos.
Aline Bouhid
A briga pela liderança do PSL na Câmara, protagonizada na semana passada pelos deputados Delegado Waldir (GO) e Eduardo Bolsonaro (SP) ganha novos contornos. O próprio Delegado Waldir assumiu que está tranquilo se o partido decidir por terceiro nome e disse também que continua apoiar a agenda governista pelo Brasil. A declaração foi em live para o Jornal O Popular na manhã desta segunda-feira (21). A rigor, essa briga pelo PSL não passa de disputa por poder e dinheiro por conta da proximidade com eleições municipais de 2020. Com o fim do financiamento privado, os recursos públicos do fundo partidário são essenciais para o bom desempenho nas urnas. A legenda recebe R$ 8,3 milhões mensais.
Também nesta manhã, apoiadores do presidente entregaram lista com 29 deputados que apoiam Eduardo Bolsonaro para a liderança do partido. Essa informação é da revista Veja. O que está certo é que novos capítulos desta novela vão permanecer nesta semana. Mas, mesmo antes da crise no partido, o governo Bolsonaro é o que mais teve vetos derrubados pelo Congresso.
Em levantamento do Jornal Metrópoles, dos 33 vetos presidenciais a projetos aprovados no Legislativo, oito foram rejeitados total ou parcialmente pela Casa, o equivalente a 24%. Esse é o maior índice desde o primeiro mandato de Dilma Rousseff, passando pelo período do ex-presidente Michel Temer (MDB). Foram analisados os vetos apreciados no mesmo período no primeiro mandato de cada um deles – o do emedebista a partir de 1º de setembro de 2016.
Na prática, o veto é a discordância do presidente com determinado projeto de lei aprovado pelas Casas Legislativas. A Constituição determina que ele seja apreciado pelos parlamentares em sessão conjunta, sendo necessária a maioria absoluta dos votos de deputados e senadores para sua rejeição. A análise dos vetos serve para interpretar a adesão dos parlamentares ao governo.
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