Ativistas protestam contra política ambiental de Bolsonaro; são presos
Em protesto contra a política ambiental do presidente Jair Bolsonaro, o Greenpeace realiza ato na manhã desta quarta-feira (23) em frente ao Palácio do Planalto.
Aline Bouhid
Em protesto contra a política ambiental do presidente Jair Bolsonaro, o Greenpeace realiza ato na manhã desta quarta-feira (23) em frente ao Palácio do Planalto. Os manifestantes, com vestes sujas de óleo e máscaras de proteção respiratória, lembrou do derramamento de óleo que atingiu 194 locais em 9 Estados do Nordeste do Brasil. Mesmo sendo um protesto pacífico, ativistas foram presos. A informação veio de um tuíte da própria organização, que fez uma transmissão ao vivo de dentro da delegacia.
Durante o ato, ergueram cartazes com os dizeres “pátria queimada Brasil“, “um governo contra o meio ambiente“, “Brasil manchado de óleo” e “end the age of oil (dê fim à era do óleo, em inglês)“. Eles levaram ao local, em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal), 1 objeto que simula uma motosserra, uma pilha de pedaços de madeira queimados, em alusão ao recorde de focos de incêndio na floresta Amazônica registrado neste ano, e barris que simulam os de petróleo, em uma instalação artística. A instalação também contou com a simulação da morte de peixes em uma praia.
Entre os manifestantes estava o porta-voz do Greenpeace, Thiago Almeida, que trocou mensagens no Twitter com o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles na segunda-feira (21). Na postagem, Salles compartilhou uma montagem acusando a Ong de não ajudar na limpeza das praias. “Desde o começo das manchas temos voluntários ajudando grupos em mutirões no combate ao óleo“, respondeu Almeida, que diz estar “expondo inação do governo e descaso ambiental.”
O protesto, de acordo com o site da organização, tem o objetivo de forçar o governo a “colocar na prática de maneira efetiva e correta o plano nacional de contingenciamentos, combater o óleo, proteger as populações que estão sendo afetadas, encontrar o local de origem do derramamento e encontrar os culpados e puni-los.”
* Com informações site: https://www.greenpeace.org