Corpo de bebê é encontrado na empresa de resíduos, em Aparecida de Goiânia
Antes, a Secretária de Saúde Municipal informou que o corpo do recém-nascido tinha sido incinerado – Foto: reprodução.
Nielton Soares
Corpo de bebê que desapareceu na Maternidade Marlene Teixeira, em Aparecida de Goiânia, na última sexta-feira (25) e depois dado como inciderado, foi encontrado na empresa de Resíduo Zero Ambiental, que é responsável pela coleta de resíduos biológicos da unidade de saúde.
O recém-nascido, prematuro de sete meses, morreu na maternidade depois de 12 horas da realização do parto. Os familiares foram até o Serviço Verificação de Óbito (SVO) e não encontrarem o corpo, daí houve a busca do paradeiro, até ser informado que foi inciderado. Agora o corpo será entregue à família para o sepultamento.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por nota, comentou que espera as conclusões das apurações policiais para aplicar as sanções cabíveis aos responsáveis e que irá implantar sindicância administrativa por meio de um Grupo de Intervenção Hospitalar para fiscalização do hospital.
Segundo a pasta, o corpo da criança estava identificado corretamente e acondicionado em refrigeração ao ser coletado incorretamente pela empresa, a qual na sequência de erros, comunicou que havia incinerado todo o material recolhido.
O corpo foi encontrado durante uma busca da Polícia Técnico Científica no local, afirma o delegado Henrique Berocan. No local, ficam os rejeitos biológicos recolhidos pela empresa Resíduo Zero Ambiental.
Em nota, a empresa esclarece que não viola o resíduo hospitalar recolhido de seus clientes, que é armazenado em depósito específico de responsabilidade de cada hospital. A separação e acondicionamento do resíduo hospitalar são feitas pela unidade de saúde. “A empresa apenas recolhe e imediatamente encaminha para o processo de tratamento térmico, conforme regulamentações e normas vigentes. A empresa não é responsável pelo resíduo que é colocado para ser coletado e tratado”, informou a Resíduo Zero Ambiental.
“Não tem outro corpo para estar lá. Os fetos não são rejeitados naquele local. A gente vai apurar tudo, ouvir todos os lados. A gente não pode descartar nada. Vamos investigar do atendimento ao descarte”, garante o delegado.
Relembre o caso
O recém-nascido, que foi batizado como Rogério Cardoso de Almeida Filho, nasceu prematuro de sete meses, na tarde da última quinta-feira (24) e viveu por aproximadamente 12h, indo a óbito em razão de problemas respiratórios, apontou laudo médico.
O pai da criança disse ter visto o corpo do filho morto na maternidade, porém ao ir até o SVO não foi localizado o corpo. Já na manhã de sábado, a SMS disse que a responsabilidade era da empresa que coletva os resíduos biológicos e que levou por engano para a inceneração.