Paulo Magalhães insiste em implantação do Ponto Biométrico na Câmara
Paulo Magalhães tenta aprovação da matéria desde 2014. Foto: Câmara Municipal de Goiânia
Samuel Straioto
Desde 2014 está sendo discutido na Câmara Municipal de
Goiânia, projeto de lei de autoria do vereador Paulo Magalhães (PSD) para que
seja instituído na Casa, o ponto biométrico para parlamentares no dia de sessão.
A reportagem do jornal O Hoje apurou junto aos vereadores que no momento não há
condições políticas para aprovação da matéria. No entanto, para o autor do
texto, “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. Ele espera que a
matéria ainda seja aprovada.
“Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura, na minha
concepção a população está transformando este país. Os políticos precisam
respeitar os dias de trabalho. Vamos para a Comissão Mista e depois trazer a
questão para o plenário, e aprovar o projeto. Nós temos eleição no ano que vem
e a população está atenta a esta Casa. Nós conseguimos reduzir de 90 para 45
dias. Mas o quórum é um problema aqui”, argumentou Magalhães.
O projeto será analisado na Comissão Mista e se aprovado,
passará por primeira votação em Plenário.
O vereador Clécio Alves (MDB), é contra o projeto. O emedebista já
presidiu a Câmara e diz que há cinco conferências de quórum durante a sessão. O
parlamentar também argumenta que a atuação do vereador não se restringe apenas
a discussões em plenário, que há demandas que o vereador precisa tratar fora
das sessões.
“Sou contra esse ‘circo’ que estão fazendo nesta Casa, por
conta de ponto biométrico. Não vejo necessidade disso. Ouvi dizer algo à
respeito de falta de quórum, mas podem pegar no início deste mandato, até hoje,
e vejam se tenho falta. Peguem as pautas desta Casa e percebam que elas estão
sempre enxutas. Não existe falta de quórum”, declarou Clécio Alves.