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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Queda na imunidade

Estudo aponta que sarampo abre portas para outras doenças

Pela primeira vez um estudo comprovou a relação do vírus do sarampo com a perda de anticorpos. Vacinar é o único jeito de se prevenir. Nova fase da campanha inicia no segunda-feira (18). Foto: Divulgação

Postado em 15 de novembro de 2019 por Aline Carleto
Começa hoje a segunda fase da vacinação contra o sarampo
Estão disponíveis 71 salas de vacina distribuídas em todas as regiões de Goiânia.Foto: Agência Brasil

Aline Bouhid

Pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostram que pessoas que contraíram o vírus do sarampo têm risco aumentado (20%) de terem outras doenças infecciosas, inclusive doenças que o organismo já havia criado defesas. É como se o vírus do sarampo fosse a chave para liberar a entrada para novas doenças. O estudo, publicado na revista Science Immunology, chega no momento em que 19 estados do Brasil passam por surtos de sarampo. A segunda fase da Campanha de Vacinação contra o Sarampo começa nesta segunda-feira (18) e será direcionada para jovens adultos com idade entre 20 e 29 anos que ainda não atualizaram a caderneta de vacinação. 

A faixa etária é a que acumula o maior número de casos confirmados de sarampo, de acordo com o último boletim epidemiológico, por isso a importância desta etapa para interromper a cadeia de transmissão do vírus no país. Nos últimos 90 dias, 5.660 casos da doença foram confirmados e 14 óbitos. Mais de 90% dos casos estão concentrados em 192 municípios do estado de São Paulo. A única forma de interromper essa cadeia de transmissão e de prevenir contra o sarampo é por meio da vacinação.

Para que a vacina faça efeito no organismo da pessoa, é necessário tomar todas as doses previstas no Calendário Nacional de Vacinação: duas doses a partir de 12 meses a 29 anos e uma dose para a população de 30 a 49 anos. Atualmente, em virtude dos surtos de sarampo, há ainda a recomendação do Ministério da Saúde de aplicar uma dose extra, a chamada ‘dose zero’ em crianças de seis meses a menores de um ano. Esse público está mais suscetível a casos graves e óbitos. Das 14 mortes pela doença no Brasil, sete foram em menores de cinco anos de idade.

O movimento antivacina gera impacto negativo no esforço do país em combater a doença. As Fake News são responsáveis por transmitirem informações erradas, colocando em dúvida a eficácia e efetividade das vacinas. Para combater a disseminação de informações falsas, o Ministério da Saúde disponibiliza um número de WhatsApp para envio de mensagens da população. Qualquer cidadão pode enviar gratuitamente mensagens que tenha recebido para confirmar se a informação procede, antes de continuar compartilhando. O número é (61) 99289-4640

* Com informações do Ministério da Saúde

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