Lélio Junior retira candidatura e afirma que “a lei foi rasgada” no Vila Nova
Nesta segunda-feira (18) será realizada a eleição para a presidência do Conselho Deliberativo – Foto: Felipe André
Felipe André
O Vila Nova vive momentos conturbados na reta final de 2019.
Se dentro de campo o clube não depende mais de si para não ser rebaixado,
faltando duas rodadas para o término da Série B, fora de campo uma briga
política assola o Colorado. Nesta segunda-feira (18) será realizada a eleição
para a presidência do Conselho Deliberativo, que seria entre Lélio Junior e
Décio Caetano, entretanto com a desistência de Lélio, deve se confirmar a
aclamação de Décio.
Lélio registrou sua chapa na última semana juntamente com
José Luiz de Carvalho como vice-presidente, Dorizelha Maria da Conceição como
secretária geral e o suplente será Renis Eustáquio Gonçalves. O candidato então
foi informado no último sábado (15) que sua candidatura não seria válida. Lélio
então retirou sua candidatura na tarde desta segunda.
“Tomei a decisão de tirar a candidatura à presidência do
Conselho Deliberativo, toda a minha chapa vai sair da candidatura. Se a gente
decidisse judicializar esse processo, tenho a total certeza de que nossa chapa
está apta a ser votada e participar das eleições. Trazer uma briga judiciária
para dentro do Vila, que ficaria sem presidente em uma situação que se
arrastaria e do jeito que já está financeiramente e de rebaixamento, trazer
essa briga não seria pensar no Vila Nova. Fico com o coração na mão de fazer
isso, a lei foi rasgada, mas realmente é um absurdo o que aconteceu. Queremos o
bem do Vila Nova e uma briga na justiça que poderia se arrastar por meses
poderia afundar o Vila ainda mais”, afirmou Lélio Junior.
Lélio se mostrou muito confiante que conseguiria a vitória
se levasse a disputa para a justiça. O ex-candidato é membro efetivo do
conselho há 13 meses e não 18 meses como é alegado para a sua candidatura ser
válida. Entretanto, essa decisão de ser necessário os 18 meses, ainda não foi
registrado em cartório e mesmo que feito, não atenderia o prazo de um ano (maio
de 2019 até maio de 2020), como impõe o 1rt. 16 da Constituição Federal.
“O Décio é uma pessoa que eu gosto muito, mas eu vejo que
ele está rodeado de pessoas que não pensam muito na instituição. Lançaram um
edital de eleição, onde foi dito que era um estatuto de 2009, mas fui ao
cartório hoje e retirei o estatuto vigente que é o mesmo que o Hugo [Jorge
Bravo] utilizou para publicar o edital de eleição e o mesmo que ele vem
utilizando para publicar os editais de convocação do Vila Nova. Para inabilitar
a minha chapa de repente tentam utilizar um edital que nem registro tem, é uma
coisa que não tem explicação. Mesmo que o estatuto estivesse registrado,
qualquer mudança em regimento eleitoral só pode ter validade um ano após essa
mudança, e esse novo estatuto foi aprovado em maio deste ano e mesmo se ele
tivesse registrado só poderia ter validade a partir de maio do ano que vem. A
lei federal foi ignorado, o estatuto de Vila e a única explicação que se tem é
o medo da urna”, completou Lélio.