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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
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Bombeiros de Goiás são suspeitos de corrupção e lavagem de dinheiro

MP-GO aponta que esquema de certificações irregulares contava com apoio de dois coronéis, um tenente-coronel, um major, um capitão e um subtenente – Foto: Reprodução.

Postado em 19 de novembro de 2019 por Nielton Soares
Bombeiros de Goiás são suspeitos de corrupção e lavagem de dinheiro
MP-GO aponta que esquema de certificações irregulares contava com apoio de dois coronéis

Nielton Soares

Bombeiros de Goiás, suspeitos de fraudarem Certificados de Conformidades (Cercons), são acusados de receber propinas pagas em espécie, por meio de transferências bancárias, construção de academias, outros empreendimentos e viagens internacionais, apontam investigação, que identificou em um dos casos pagamentos de R$ 500 mil.

Outro meio utilizado para as propinas era a aquisição de bens utilizados para publicidade e marketing de eventos promovidos pelo Corpo de Bombeiros em Goiânia e no interior de Goiás. Apenas uma das empresas contratadas chegou a ficar com 30% de todo o faturamento do setor de marketing da corporação.

As informações foram repassadas, em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (19), no Ministério Público de Goiás (MP-GO), o procurador geral de Justiça de Goiás, Aylton Flávio Vechi, comentou que os desvios foram cometidos por alguns membros da corporação e que a instituição precisa ser preservada. 

O Gaeco identificou que somente na Rua 44 houve pagamentos de benefícios ao esquema por parte de 145 comerciantes. Também foi descoberto que grandes empreendimentos estão envolvidos ao obter facilidades para a emissão e a renovação de Cercons. 

Dentre os investigados, que não tiveram prisões decretadas, estão dois coronéis, um tenente-coronel, um major, um capitão e um subtenente, que deverão ser denunciados pelo MP-GO por corrupção passiva, concussão e lavagem de dinheiro. 

Segundo o corregedor da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), coronel Sandro Mauro Pereira de Almeida, também na coletiva, disse que medidas no âmbito administrativo para punir os envolvidos devem ser tomadas.

A operação batizada de Desconformidade foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás (MP-GO), com apoio da Secretaria de Segurança Público (SSP-GO e do próprio CBM-GO.

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