Maternidade Oeste deve ser inaugurada em dezembro
A maternidade terá capacidade para executar 800 partos por mês e vai contar com 179 leitos de obstetrícia, ginecologia e de pediatria. A obra foi orçada em R$ 49,8 milhões – Foto: Wesley Costa
Igor Caldas
O Hospital da Mulher e Maternidade Oeste, batizado de Maternidade Maria Célia Câmara, no conjunto Vera Cruz I, deve começar a funcionar no próximo mês. Com mais de 15 mil metros quadrados, a unidade de saúde deve atender toda região Oeste, Campinas-Centro e Sudoeste, além das vagas solicitadas pela Central de Regulação. O Hospital também vai ajudar a desafogar o atendimento do Hospital Materno-Infantil. A unidade de saúde vai ter capacidade para executar 800 partos por mês e vai contar com 179 leitos de obstetrícia, ginecologia e de pediatria. A obra foi orçada em R$ 49,8 milhões.
Moradora do Conjunto Vera Cruz I, Isolina Francisca acredita que o hospital vai trazer um grande benefício para o bairro. “Aqui na região a questão de atendimento à saúde é muito precária. Faltam médicos nos CAIS e sempre temos que buscar atendimentos fora do bairro. Esse hospital e maternidade vai melhorar a vida de quem mora aqui no Vera Cruz”, afirma Isolina.
A moradora do bairro tem cinco netos, três deles nasceram na maternidade do Município Nascer Cidadã. Os outros dois, foram em hospitais particulares. Isolina necessitou de realizar uma cirurgia para retirada de útero. Como não tinha atendimento para esse procedimento na região, ela também buscou fazer a cirurgia em um hospital particular.
“Tudo que minha família precisou fazer fora, poderia ter sido resolvido aqui, ao lado de casa. Mas a obra do hospital estava parada então a gente teve que procurar outro lugar”. Isolina se sente satisfeita com o andamento da obra. Mais um netinho deve chegar no fim do mês de janeiro do ano que vem, ela espera que dessa vez, ele possa nascer perto de sua casa. “Estou rezando para que essa maternidade já esteja funcionando quando meu netinho quiser chegar”.
Unidade de Saúde vai prestar assistência humanizada
O superintendente da Rede e Atenção à Saúde, Sílvio José de Queiróz, afirma que a maternidade Maria Célia Câmara será inaugurada no próximo mês. “Hoje cuidamos da Maternidade Dona Iris e da Maternidade Nascer Cidadã. E agora a Hospital da Mulher e Maternidade Maria Célia Câmara. Segundo ele, a ideia é implantar assistência à mulher e materno infantil na atenção ao parto, nascimento vinculação da gestante à unidade de referência e garantir a esse público-alvo uma assistência humanizada e de qualidade”.
Está previsto 179 leitos para a maternidade na área de obstetrícia, ginecologia, pediatria, UTI neonatal, unidade intermediaria, de observação, de recuperação pós anestésica. Vai contar com quinze salas de parto normal e três salas de cirurgia. “A maior quantidade de salas de parto normal existe porque um dos objetivos de maternidade é favorecer o parto normal para que a maioria das pacientes que tiverem acesso à maternidade dêem à luz naturalmente. A não ser, em situações em que o parto normal seja impossível quando o bebê sofrer risco ou não se encontrar na posição adequada”.
Sílvio ainda diz que o favorecimento ao parto normal reflete uma posição da Secretaria Municipal de Saúde, sustentada por vários especialistas de que o nascimento natural seja o mais adequado, com menos complicações para a criança e para a mãe. “Hoje, o parto normal é preconizado mundialmente e também é uma recomendação do Ministério da Saúde. O Brasil faz parte dos países que se esforçam para que as crianças venham ao mundo de forma natural”, afirma.
“Na verdade, a obra ficou paralisada em gestões anteriores, mas assumimos e retomamos a obra. Demos prioridade à obra até por causa da carência que temos nessa área na Grande Goiânia”. Segundo o superintendente, desde que a gestão assumiu, ela está tocando a obra com rapidez”.
São duas maternidades que se fossem para atender e resolver o problema de Goiânia, seriam suficiente. No entanto, nós atendemos a Capital, Região Metropolitana várias cidades do interior. Diante dessa situação, as duas maternidades que temos se tornam pequenas”. Apesar disso, Sílvio diz que atendimentos não são negados. O pessoal vem chegando e se a pessoa não tiver leito, a equipe dá um jeito porque não podemos dispensar pacientes”.
O superintendente acredita que quando o novo hospital e maternidade estiverem com 100% de sua capacidade funcionando, ela deve suprir a demanda atual na área de assistência à mulher e materno infantil. “Dada a extensão da obra, a maternidade vai começar a funcionar por etapas, pois envolve a aquisição de muitos equipamentos e contratação de equipes especializadas e qualificada. Ela vai ser inaugurada com pelo menos 30% do funcionamento e prestação de serviços seriam cada vez mais intensificados”.
A gestão do Hospital e Maternidade Maria Célia Câmara vai ficar por conta da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (FUNDARCH). “A fundação está realizando o processo seletivo e já possui parte dessa equipe de prontidão”. A equipe deles que estava fazendo o levantamento e toda essa programação que é a equipe da fundharc (FUNDHAC) É a elmo construtora desde que iniciou as obras.
Histórico
Em dezembro de 2013, quando o vereador Clécio Alves era presidente da Câmara Municipal de Goiânia, na gestão do ex-prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, houve aprovação do projeto de Lei, de autoria do vereador, que propunha a construção do Hospital da Mulher e Maternidade da Região Oeste. A execução da obra foi articulada com o Ministério da Saúde e com o município que deveria dar uma contrapartida de R$ 10 milhões. Esse valor foi o mesmo da economia feita pela casa de leis municipal durante a presidência de Clécio.
A obra do Hospital e Maternidade Oeste foi suspensa em dezembro de 2017, e foi retomada no último ano pela gestão do Prefeito Iris Rezende. Um Termo de Reinício foi assinado, na entre a Prefeitura de Goiânia e a construtora Elmo Engenharia. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o Paço conseguiu aval da Controladoria Geral da União (CGU) para concessão de aditivo de prazo à construtora, sem custos adicionais para o município e a União.
Na época, a construtora alegou que pediu que a execução da obra fosse suspensa por causa de atrasos nos pagamentos da contrapartida do município. A Prefeitura efetivou o pagamento no valor de R$ 800 mil, referente à contrapartida da administração municipal e a obra pode ser retomada.