Relembre os três acessos do Atlético Goianiense à Série A
Neste ano, o Dragão subiu com 62 pontos; os acessos anteriores foram conseguidos com 76 e 65 unidades, respectivamente – Foto: Afonso Cardoso
Luiz Felipe Mendes
Com o bem-sucedido ano
chegando ao fim, o atual campeão goiano e futuro integrante da elite nacional
viveu bons (e emocionantes) dias em 2019. Pela terceira vez em sua história, o
Atlético Goianiense subiu da Série B para a Série A do Campeonato Brasileiro,
no que o presidente Adson Batista descreveu como o “acesso mais emocionante”.
Tracemos um paralelo entre os três.
Capítulo I – A Reconstrução
O ano é 2009. Uma temporada
depois de conseguir o bicampeonato da Série C, feito inédito, o Dragão entra na
segunda divisão sonhando alto. Logo na estreia, o time derrota o América-RN
fora de casa por 2 a 1. Em seguida, volta a fazer bonito e bate o Bragantino
por 3 a 1 no Serra Dourada. Na sequência, porém, perde por 3 a 0 para o Vasco,
empata com a Ponte Preta e sofre novo revés diante do Campinense.
Poderia ter sido uma queda,
mas o clube se recupera e soma uma invencibilidade de cinco partidas. A
campanha é boa, e entre a 14ª e a 18ª rodadas o Atlético chega a liderar a competição.
Aos poucos, os goianos se sacramentam como um dos postulantes ao acesso e na
penúltima rodada ganham do Juventude por 3 a 1 longe da capital, firmando o
acesso. O artilheiro do clube na edição é Marcão, com 14 gols. O técnico é
Artur Neto. É a reconstrução da história rubro-negra.
Capítulo II – A Glória
O ano é 2016. A última vez
que o Dragão participara de uma Série A havia sido em 2012. No ano seguinte,
quase caiu para a Série C. Em 2014, passou perto de retornar à elite, mas não
conseguiu. 2016 chegou com promessa de ventos melhores. O campeonato começa de
maneira um pouco amarga para os atleticanos, os quais não contariam com o
goleiro Márcio. Na primeira rodada, vitória fora de casa para cima do Oeste,
com gol solitário de Viçosa. O Brasil de Pelotas, o Ceará e o Vila Nova
sucumbem perante os campineiros, que só descobrem o que é perder na quinta
rodada, graças ao Luverdense.
Quem disse que aquilo abalou
o rubro-negro? Foram 37 das 38 rodadas entre os quatro melhores. Mas aquilo
tudo poderia ser melhor, porque na 29ª o time alcançou a ponta da tabela de
classificação. Novamente, tinha a companhia do Vasco da Gama. A diferença é de
que, desta vez, os cariocas ficaram para trás. Com três confrontos de
antecedência, o Atlético garante seu segundo acesso. Para cima do Tupi no
Olímpico, a equipe faz 5 a 3 e conquista seu primeiro título de Série B. O
artilheiro do clube na edição é Júnior Viçosa, com 10 bolas na rede. O técnico
é Marcelo Cabo.
Capítulo III – Teste para Cardíaco
O ano é 2019. Foram 30 rodadas dentro do G-4. O Dragão entrou no torneio
como um dos favoritos, e foi provando isso na bola. Flertou com a liderança.
Após uma série de tropeços e uma recuperação incrível do América Mineiro, os
goianos perdem seu espaço na zona do acesso nas vésperas do embate final. No
duelo derradeiro, 0 a 0 com o Sport. A sorte foi que o Coelho perdeu para o
rebaixado São Bento em seus próprios domínios. O artilheiro do clube na edição
é Mike, dono de 12 gols. O técnico é Eduardo Barroca.