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quarta-feira, 27 de novembro de 2024
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Gastos

Ipasgo supera crise financeira e fecha 2019 com superávit de R$ 65 milhões

Resultado é inédito nos últimos cinco anos. Desde 2014, o instituto estava com as contas anuais no vermelho – Foto: Divulgação

Postado em 13 de janeiro de 2020 por Redação
Cidades do interior devem receber unidades do Ipasgo
O sistema de saúde aos servidores públicos passará por uma “descentralização” / Foto: reprodução

Da Redação

Ajustes de contas e medidas modernas de gestão transformaram o panorama financeiro do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo) que fechou o ano de 2019 com superávit de R$ 65 milhões. O resultado é inédito nos últimos cinco anos. Desde 2014, o instituto estava com as contas anuais no vermelho.

Ao total, houve um crescimento positivo na receita de 26%, que representou R$ 359,3 milhões a mais. Por outro lado, os gastos com despesas operacionais foram reduzidos em 12%.

Em janeiro do ano passado, assim que o governador Ronaldo Caiado assumiu a gestão do Estado de Goiás, o Ipasgo estava com um déficit de R$ 152.839.673,92. Além disso, havia saldo a receber do Governo do Estado que se acumulava, desde 2002, e estava na casa de R$ 183,4 milhões referentes aos programas de saúde desenvolvidos instituto.

O Ipasgo também estava com dívidas junto aos prestadores de serviços credenciados, que estavam sem receber há quase quatro meses. Os atrasos eram referentes ao período de setembro a dezembro de 2018 e os valores chegavam a R$ 122,9 milhões. O não pagamento poderia inviabilizar o atendimento de cerca de 627 mil usuários, que utilizam o plano em todo o Estado. 

O presidente do Ipasgo, Silvio Fernandes, explica que o cenário inicial de 2019 era sombrio. Em janeiro, o órgão, comparativamente, estava gastando, por mês, R$ 10,5 milhões a mais do que era arrecadado. “A projeção inicial para 2019 era de crescimento do déficit, caso medidas modernas de gestão não fossem aplicadas. No entanto, tomamos medidas sérias e transparentes e conseguimos reverter esse quadro”.

As primeiras medidas tomadas por Silvio Fernandes visavam a redução dos custos operacionais do órgao. Após a revisão de contratos, acordos, convênios e parcerias, o órgão alcançou, ainda no primeiro semestre, uma economia de, em torno, de R$ 50 milhões nos gastos com despesas administrativas. 

Em outra frente foram iniciadas negociações com o governo de Goiás para o repasse das contribuições, que foram deixadas em atraso pela gestão anterior. Entre outubro e dezembro de 2018, não foram repassados R$ 89,262 milhões ao órgão. Além de quitar as dívidas, o governador Ronaldo Caiado regularizou os repasses. 

O pagamento de 14 folhas salariais, ao longo de 2019, pelo governador Ronaldo Caiado ao funcionalismo público, também impactou positivamente nas contas do Ipasgo. Outro ponto favorável foi que, pela primeira vez, após 18 anos, o Governo de Goiás pagou regularmente, dentro do exercício anual, os valores referentes ao Programa de Apoio Social (PAS), aos serviços assistenciais prestados a vítimas do Césio 137 ou pensionistas e os gastos referentes a aposentados antes da emenda Constitucional de 19/1997. Os pagamentos referentes ao período de janeiro a dezembro de 2019 somaram cerca de R$ 17.564.214,26 a mais no caixa do Ipasgo.

“O Ipasgo cortou gastos,  modernizou a gestão e saiu de um déficit operacional para um superávit. Hoje, o Ipasgo está sustentável, viável e o usuário tem segurança no atendimento”, garante Fernandes. Além dos ajustes nas finanças, medidas para coibir fraudes auxiliaram na recuperação financeira. 

Ao longo do ano, desvios de recursos descobertos pelas auditorias internas culminaram nas operações policiais Morfina e Metástase, que investigam fraudes que podem ter desviado mais de R$ 500 milhões do órgão entre 2011 e 2018. “Sabemos que esses casos emblemáticos de fraudes e desvios impactaram negativamente nos gastos assistenciais dos últimos dez anos. Mas agora estamos atuando para corrigir desvios e evitar desperdícios. O governo de Goiás está estabelecendo novas ferramentas de controle, de gestão de riscos e isso vai favorecer cada vez mais as contas do Ipasgo”. 

2018

ano fechado com déficit operacional de R$ 152.839.673,92 (negativo)

2019

ano fechado com superávit de R$ 65.040.244,77 (positivo)

Em 2019, o Ipasgo teve crescimento de 26% em sua receita

Receita

2018: R$ 1.398.317.989,02

2019: R$ 1.757.694.005,77

R$ 359,3 milhões a mais no caixa do Ipasgo 

Queda de 12% nas despesas operacionais

Despesas operacionais/administrativas

2018: R$ 174.864.956,27

2019: R$ 153.545.253,22

Despesas assistenciais cresceram 12%

2018: R$ 1.376.292.706,67

2019: R$ 1.539.106.488,78

Despesas totais

2018:  R$ 1.551.157.662,94

2019: R$  1.692.653.761,00

Resultado operacional

2018: – R$ 152.839.673,92 (déficit)

2019: + R$ 65.040.244,77 (superávit) 

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