Manifestação em repúdio à violência contra a mulher tem apoio de 31 entidades
A concentração acontecerá amanhça, 26, em frente o Estádio Olímpico Pedro Ludovico – Foto: Luisa Gomes/G1
Da Redação
Já são 31 as entidades que apoiam e participam da organização das atividades de repúdio às violências contra as mulheres, marcadas para o próximo domingo,26, a partir das 14 horas, na porta do Estádio Olímpico Pedro Ludovico, em Goiânia.
O foco da manifestação é a contratação, pelo Atlético Clube Goianiense, de um goleiro que foi descartado por outro time de futebol, após ter sido acusado de espancamento da sua própria mulher, na presença das filhas. As imagens foram feitas pela própria mulher agredida, no final do ano, nos Estados Unidos e viralizaram na internet.
Representadas por uma grande quantidade de entidades feministas, sindicais e de direitos humanos, as mulheres goianas fazem questão de afirmar, sempre, que não estão lutando contra a contratação do goleiro ou apenas por uma mulher que foi espancada pelo marido, mas lutam para repudiar e tentar estancar a cultura da violência contra a mulher e do feminicídio, que cresce mais a cada ano no Estado. “Fazemos a defesa do amor contrapondo ao ódio”, dizem elas em Nota de Repúdio que foi distribuída à imprensa e viralizada nas redes sociais nestes dois últimos dias.
Reunidas em grupo de whatsapp, as integrantes do Coletivo Mulheres Goianas vão se vestir de preto, na porta do Estádio Olímpico e pretendem recolher assinaturas para a Nota de Repúdio que será entregue à diretoria do Atlético e à imprensa e também vão produzir flores a partir de papel reciclado, para oferecer às mulheres torcedoras dos dois times que vão disputar a partida que marca a estreia do goleiro Jean, acusado de espancar a esposa.
“É uma simbologia. Representa a recuperação da autoestima da mulher violentada. Não devemos culpar as mulheres”, disse a deputada e delegada de polícia Adriana Accorsi. “É preciso entender que quando uma mulher volta com o homem que a espancou, é porque acredita que ele mudará”, explica a psicóloga Mônica Café, que trabalha no Ministério Publico de Goiás com esse tema.
E, para a psicóloga Cida Alves, que há cerca de 20 anos trabalha com mulheres vítimas de violência, “o principal nessa história, é que esse goleiro cometeu em crime e esse crime tem que ser punido. E futebol é a maior paixão nacional. E todas as nossas crianças, os nossos jovens, um dia sonharam em ser um jogador de futebol. Portanto, é uma personalidade que inspira outros jovens e que a violência não pode ser etimulada, espetacularizada. Que o Clube se retrate, que esse rapaz busque uma reabilitação de verdade, se retrate publicamente e apoie todas as causas de defesa da mulher”.
Entidades promotora das atividades de domingo::
1. Grupo Maria’s
2. #ApartidA
3. Articulação de Mulheres Brasileiras de Goiás
4. Associação Mulheres na Comunicação
5. Bloco Não é Não
6. Centro Popular da Mulher de Goiás – CPM/UBM-Goiás
7. Cine Club Bandidas
8. Coletivo de Mulheres do Cerrado
9. Coletivo de Mulheres Goianas
10. Coletivo de Mulheres da Região Noroeste
11. Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno
12. Coordenação Negras e Negros de Goiás
13. Federação de Mulheres de Goiás
14. Grupo de Mulheres Negras Calunga
15. Imprensa Criativa
16. Indique uma mana
17. Instituto Unbuto – Ceres
18. Movimento Ago
19. Movimento de Mulheres Olga Benário
20. Movimento de Mulheres da Resistência na Suécia
21. Policiais Antifascismo
22. Sindicato dos Jornalistas de Goiás
23. Sindicato dos Trabalhadores na Saúde – Sindsaude
24. Rede Goiana de Mulheres Negras
25. Forum de Mulheres Begras do Estado de Goiás
26. Projeto “A cultura” contra a cultura do estupro
27. Deputada Adriana Accorsi.
28. Coletivo ParaTodos / ParaTodas
29. União Estadual dos Estudantes – UEE-Goiás
30. União Nacional dos Estudantes – UNE
31. Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil