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domingo, 24 de novembro de 2024
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Espetáculo

‘Quando se Abrem os Guarda-Chuvas’ acontece nesta sexta-feira em Goiânia

Hoje (7) é realizada a apresentação da peça ‘Quando se Abrem os Guarda-Chuvas’, drama que retrata sentimentos Poema ligados à finitude da vida – Foto: Divulgação

Postado em 7 de fevereiro de 2020 por Redação
'Quando se Abrem os Guarda-Chuvas' acontece nesta sexta-feira em Goiânia
Hoje (7) é realizada a apresentação da peça 'Quando se Abrem os Guarda-Chuvas'

Elysia Cardoso

Sutileza e reflexão norteiam o monólogo ‘Quando se Abrem os Guarda-Chuvas’ que abre a agenda de eventos de fevereiro da Oficina Cultural Geppetto. A apresentação ocorre às 20h e faz parte do projeto ‘Pague Quanto Quiser (ou puder)’, que deixa  a critério do público o valor de sua contribuição pelo espetáculo. O monólogo é encenado pela atriz Fernanda Pimenta, que também é coautora da obra, que conta com a direção da espanhola Elena Diego e a dramaturgia do carioca João Pedro Fagerlande.

A peça teve sua estreia em 2011 após um relato contado a Fernanda, sobre a vida e os dilemas de uma idosa, aluna de informática de um jovem professor. “Em 2011 eu morava no Rio de Janeiro com um adolescente de 19 anos que dava aula de informática para idosos. Um dia ele me contou que chegou para dar aula para uma de suas alunas e ela se recusou e pediu um pouco de sua atenção para lhe contar uma história. Essa história é base do espetáculo, então se trata de algo verídico”, informa a atriz do espetáculo. 

O nome ‘Quando se Abrem os Guarda-Chuvas’ se refere a cronológia e as eventualidades de uma vida, na qual o tempo ‘se abre’ e revela novas possibilidades para a personagem Conceição. “O guarda-chuva seria esse tempo, é para dizer quando é o tempo da gente ter exectativas e ter esperança na vida. Quando temos expectativas de vida ainda temos esperança de ser feliz”, explica Fernanda em entrevista ao Essência. 

Com um trabalho de teatro físico e poético, que é ao mesmo tempo,melancólico e cômico, o espetáculo busca enfatizar os dilemas e o cotidiano dos idosos, muitas vezes com uma realidade solitária, que maltrata o corpo e a mente de pessoas com mais idade. “Não tem uma mensagem especifíca ou uma moral na peça. O intuito é deixar evidente a vida do idoso, pois muitas vezes as pessoas não valorizam o seu idoso, seus velhos e temos que explicitar essa solidão, o medo da morte, e oque assola as pessoas nessa fase da vida”, enfatisa Fernanda. 

Políticas públicas em meio a arte

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), três em cada dez brasileiros terão 60 anos ou mais em 2050 e as estimativas apontam que a população idosa no País passará dos atuais 24 milhões (17% do total) para 66,5 milhões (29,7%). Tais dados reforçam que a população idosa tende a crescer e é impressindível a inclusão de idosos e um mundo globalizado. 

“Como artista é indispensável falar sobre a vida e fomentar a luta por uma qualidade de vida melhor, acho que é papel e função da arte apresentar a vida de uma forma poética de forma que provoque em sociedade. Acredito que todo o artista tenha um papel político muito importante dentro de uma sociedade. Por meio desse oficio do artista é que a gente pode contribuir para um mundo melhor e uma sociedade mais justa”, reflete Fernanda sobre a relevância de se incluir em meio a arte temáticas de políticas públicas. 

Questionada sobre o que o público pode esperar do espetáculo, Fernanda afirma o espetáculo contém doses de emoção em encontro com suas memórias. “O público pode esperar um espetáculo intimista, sutil e além disso pode esperar uma identificação com as memorias dos seus idosos e de seus avós. Já o público idoso pode esperar um reconhecimento de seus próprios dilemas retratados ali no espetáculo”, cita a atriz. Além da peça o público conta com a tradicional pizzada produzida pela família Lotufo, criadora do espaço cultural que tem sido ponto de encontro entre boa gastronomia e arte. 

SERVIÇO

Espetáculo Quando se Abrem os Guarda-Chuvas e Pizzada Cultural

Quando: sexta-feira (7), às 20h.

Onde: Rua N° 1.013, Setor Pedro Ludovico – Goiânia. 

Ingressos: Pague quanto quiser, ou puder 

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