Empresário é preso por torturar funcionário por suspeita de roubo
Em depoimento, a vítima alegou ter sofrido ameaças de choque e de morte – Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Igor Afonso
Um empresário foi preso em flagrante suspeito de torturar um
de seus funcionários, por achar que ele teria furtado R$ 8 mil dele, em
Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da Capital. O homem, passou por audiência de custódia, na tarde do último domingo (23) e já foi liberado.
O crime aconteceu no último sábado (22), na casa do
empresário, no Jardim Florença. Segundo a Polícia Civil, o empregado negou as
acusações e relatou que foi agredido por cerca de 4h, por pouco não foi
eletrocutado, mas ficou com vários hematomas pelo corpo e foi ameaçado de
morte.
O boletim de ocorrência foi registrado às 15h05, quando o empresário
registou um caso de furto onde o empregado havia confessado o crime e já teria
gastado o dinheiro, mas às 22h, o próprio empregado foi à delegacia e relatou a
tortura. Contou que não pegou o dinheiro, mas “porque não suportava mais
apanhar”, resolveu confessar.
A polícia então, foi até a casa do empresário que confessou
a tortura mas “com o intuito de fazer a vítima confessar o furto”. Ele foi
preso em seguida.
A vítima contou que o empresário o chamou até sua casa
juntamente com outro funcionário, para conversar. Lá, explicou sobre o sumiço
do dinheiro e pediu que alguém confessasse o crime, mas como nenhum dos dois
confessou, ele os liberou.
No dia seguinte, pela manhã, o empresário voltou até a casa
do funcionário e o chamou novamente para conversar. Os dois voltaram para a
casa do empresário.
“Assim que passamos para dentro, ele começou a me dar
tapa na cara. Dizia: ‘Eu sei que você pegou o dinheiro, você é safado’. Eu
neguei. Então começou a dar chute, soco, paulada, golpe com barra de
ferro”, relatou a vítima.
Ele contou, que o empresário chegou a amarrá-lo, molhá-lo e
ligar dois fios à rede elétrica da casa e o ameaçou de eletrocutar. O
funcionário então, resolveu confessar o roubo para que a tortura acabasse. Ele
recebeu um prazo para que devolvesse o dinheiro.
Ao sair, procurou o IML e a delegacia.