Agentes abrem imóveis para combater o Aedes aegypti, em Goiânia
Penalidade mínima é de R$ 2,2 mil e pode chegar a R$ 20 mil.. Capital enfrenta risco de epidemia já que o índice de infestação do mosquito é de 2.77%, quando o aceitável é de 1%| Foto: Reprpdução/ Valdir Antunes
Da Redação
Com a ajuda de um chaveiro, agentes de endemias do Departamento de Controle de Zoonoses (DCZ) da Prefeitura de Goiânia estão abrindo imóveis fechados e multando proprietários reincidentes. A ação, que conta com a participação da Guarda Civil Metropolitana, visa destruir focos do Aedes aegypti.
Levantamento da Zoonoses mostra que há no município 470 imóveis abandonados e fechados. O gerente de vetores do Departamento de Zoonoses, Fernando Nascimento, explica que, antes de recorrer ao chaveiro para realizar a abertura dos imóveis à revelia dos donos, foi feito o possível para resolver o problema.
“Agora já chegamos com o fiscal que, de posse do cadastro do imóvel onde tem o CPF do proprietário, emite a multa na hora. Não dá mais para deixar a irresponsabilidade de uma pessoa causar danos à saúde de tantas outras”, diz.
Os valores das multas onde são encontrados os focos do mosquito transmissor da dengue variam. Para imóveis residenciais, a multa é de R$ 2.255. Caixa d’agua, reservatórios ou cisternas sem tampas adequadas, R$2.258. Piscina sem tratamento, R$ 6.273,75. Se o imóvel for comercial, a multa aplicada é de R$ 5.646.
Segundo o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), o Índice de Infestação Predial (IIP) em Goiânia é de 2,3%, ou seja, a cada 100 imóveis visitados, pelo menos dois possuem focos do mosquito. Em 2019, 35.062 pessoas tiveram dengue na capital, 15 morreram vítimas da doença. Este ano, até o momento, foram registrados 5.780 casos e nenhum óbito.