Luiz Felipe Mendes

Ao contrário da maioria das competições esportivas ao redor
do globo, a National League Football (NFL) não precisou ser interrompida pelo
simples fato de ser disputada entre setembro e fevereiro. Quando a pandemia do
novo coronavírus teve início, a edição 2019/20 já havia sido encerrada. Porém,
a organização da principal liga de futebol americano do mundo está se mexendo
nos bastidores de olho na próxima temporada, e quer a retomada das atividades a
partir da semana que vem.

Cerca de um mês após a disputa do Super Bowl LIV, quando o
Kansas City Chiefs derrotou o San Francisco 49ers por 31 a 20 e faturou o
título, a ameaça da Covid-19 começou a aparecer em escala internacional.
Campeonatos esportivos foram diretamente afetados, pois precisaram paralisar
seus calendários, e no cenário dos Estados Unidos, a NBA, de basquete, teve que
confirmar a interrupção do torneio. A NFL, no entanto, acabou não sendo tão
afetada, pois está na pausa entre as edições. O draft, principal evento da
chamada “off-season”, pôde ser realizado de maneira virtual. A expectativa é
que os primeiros jogos da temporada 2020/21 aconteçam sem torcida, mas sem uma
necessidade de se alterar as datas.

Pensando nisso, a NFL quer que as franquias abram seus
centros de treinamento a partir do dia 15 de maio. A organização, em comunicado
oficial aos 32 clubes, destacou a espera por uma permissão oficial do governo e
a aplicação de todas as medidas de precaução para que as equipes não sejam
afetadas pela doença, como permitir apenas 50% de funcionários nos prédios, e
um verdadeiro elenco de médicos e treinadores físicos à disposição dos
jogadores.

Contudo, alguns times
como os 49ers, por exemplo, não sabem se vão poder cumprir o protocolo. No caso
dos atuais vice-campeões da liga, eles estão sediados na Califórnia, um dos
estados mais afetados pelo coronavírus nos EUA. Ao longo dos próximos dias, a
NFL deve se pronunciar formalmente sobre o assunto.