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sexta-feira, 29 de novembro de 2024
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Dois meses que parecem dois anos

Volantes dos Atlético Goianiense e Goiás falam de rotina “home office”

Goiás de Daniel Bessa (10), e Atlético de Marlon Freitas (8) e Kayzer (9), se enfrentariam no clássico, antes da paralisação – Foto: Victor Garcia / ACG

Postado em 14 de maio de 2020 por Daniell Alves
Volantes dos Atlético Goianiense e Goiás falam de rotina “home office”
Goiás de Daniel Bessa (10)

Victor Pimenta

Já são dois meses que Goiás e Atlético Goianiense não sabem
o que é jogar uma partida oficial. As duas equipes entraram pela última vez em
campo ainda no Campeonato Goiano, em partida válida pela décima rodada. As
equipes fariam o clássico em seguida pela competição estadual.

Os dois clubes que estão em paralisação desde março, também
não sabem o que é pisar em seus Centros de Treinamentos há dois meses. As
equipes suspenderam os treinos assim que as competições nacionais foram
paralisadas. No Atlético Goianiense, os atletas são guiados pelo seu preparador
Jorge Sotter, que mandou um cronograma de treino para treinarem “home office”.

“Estou fazendo o que o nosso preparador físico passou em uma
planilha, tentando seguir o que foi orientado. Como a academia do prédio está
fechada, essa parte da corrida eu procuro fazer em uma rua atrás do condomínio
que não passa ninguém. Espero um horário bom, sem movimento e consigo fazer
essa atividade que é muito importante para nós”, revelou o volante Marlon
Freitas em entrevista à Sagres 730.

De volante para volante para volante, Breno do Goiás também
vê sua rotina mudar durante essa paralisação. A joia da base esmeraldina mantém
a forma em casa da melhor maneira e espera retornar logo aos treinamentos no CT
do clube.

“Estou fazendo muitos exercícios aeróbicos, atividades que
exigem mais fôlego até mesmo para não perder menos ritmo possível para quando
voltar, todos estarem em uma forma física legal. Cada um está buscando o seu
melhor e o principal que é manter a forma. Ao mesmo tempo, a gente preocupa com
a saúde da família e a nossa também”, falou o volante esmeraldino.

Apesar do “home office”, muitos dos atletas têm dificuldade de
improvisar alguns treinos específicos e fico cada vez mais ansiosos pela volta
as atividades físicas no CT. O volante atleticano é um dos que sente falta da
rotina diária nos gramados e lamentou a postura do governador Ronaldo Caiado,
que descartou qualquer tipo de flexibilização.

“É difícil, até porque eu estava de acordo com o retorno dos
treinamentos com todas as aquelas restrições e cuidados que estavam sendo
passados. Agora que o Governador disse que não existe mais essa possibilidade
até então, é complicado. Nós estamos em casa fazendo o que é possível,
adaptando os treinamentos e improvisando bastante. Mas é uma situação
complicada, porque uma coisa é você treinar sabendo quando vai jogar, outra
coisa é estar sem equipamentos para fazer um grande treino e não ter uma data
para poder atuar. Eu sou muito de acordo em voltar os treinos”, ressaltou o
camisa 8 em entrevista à Sagres 730.

Sem data para retornar as atividades, e sem o
Campeonato Goiano concluído, a Federação Goiana de Futebol (FGF), segue sem
definir se a competição continuará após a paralisação, ou se terminará com
vencedor e rebaixados. 

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