Registro de mortes por causas naturais aumenta 11,3% nos cartórios
Na classificação estão incluídos os óbitos por Covid-19. Taxas aumentaram em março e maio deste ano e coincide com pandemia do Coronavírus – Foto: Reprodução.
O número de óbitos por causas
naturais nos meses de março a maio deste ano teve aumento de 11,3% na
comparação com o mesmo período do ano passado. A informação foi divulgada hoje (15)
com base nos registros lançados pela plataforma online Cartórios de Registro
Civil no Portal da Transparência, administrada pela Associação Nacional dos
Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).
As mortes por causas naturais são
resultado de doença ou mau funcionamento interno do corpo e nesta classificação
estão incluídos óbitos por covid-19 e demais doenças respiratórias. O registro
da morte é feito por meio de um documento que dá origem à certidão de óbito
feita em cartórios liberação dos sepultamentos.
Segundo o levantamento, o
crescimento foi de 32.249 óbitos no período de março a maio, passando de
284.928 mortes por causas naturais, em 2019, para 317.177 em 2020. O mês de
junho não foi contabilizado. O maior crescimento, de 17,8%, se deu nos meses de
abril e maio, enquanto que, no mesmo período de 2019 o aumento foi de 8,8%.
O total de óbitos no país de
março a maio aumentou de 8,8%, passando de 304.676 em 2019, para 331.775 em
2020. Os dados também mostram crescimento de 7,2% em abril em comparação ao mês
de março, e de 12,5% em maio.
Ranking
O Amazonas foi o estado que teve
maior aumento no número de mortes no período, de 84,6%, seguido pelo Ceará
(34,1%), Pará (28,8%), Pernambuco (28,7%), Rio de Janeiro (22,9%) e Maranhão
(21,7%). O estado de São Paulo registrou um aumento de 9,5%, passando de 76.821
em 2019, para 84.172 em 2020. Minas Gerais, Paraná, Distrito Federal e Rio
Grande do Sul viram o número de óbitos por causas naturais diminuir na
comparação com o ano de 2019.
Violência
Se por um lado as mortes por
causas naturais aumentou, o fechamento de bares, casas noturnas e a redução de
automóveis em circulação nas ruas e estradas levou à redução no número de
mortes violentas, que caíram 26% neste ano em comparação a 2019.
Mortes violentas são as que
correspondem a causas externas como acidentes de trânsito, homicídios,
suicídios, afogamento, envenenamento, queimaduras, entre outros. Essas causas,
que em 2019 representaram 19.748 óbitos de março a maio, caíram para 14.598 no
mesmo período de 2020. Nos cinco primeiros meses do ano, a redução é de 20,3%,
passando de 40.593 no ano passado para 32.347 neste ano. (Agência Brasil)