Luiz Felipe Mendes

As atividades seguem acontecendo
no Vila Nova. Depois da reapresentação oficial da maior parte dos jogadores na
semana passada, e a chegada de outras peças no início desta, a rotina de
entrevistas coletivas vai voltando parcialmente à normalidade, com a diferença
de que elas ocorrem virtualmente. O escolhido da vez foi o defensor Danrlei,
falando sobre alguns pontos do plantel alvirrubro e a sensação de retornar aos
trabalhos em plena pandemia.

“A gente sabe que precisamos
qualificar o elenco. Os jogadores que temos aqui, em suas funções, são
capacitados para desempenhar bem o seu trabalho, mas a gente sabe que a
competição é longa, que a gente vai ter desfalques, lesões, cartões… precisamos
ter um grupo qualificado para que a gente possa manter o mesmo nível daqueles
que vêm jogando. É claro que eu sei que contratações serão necessárias não só
para a zaga, mas para outras funções”, declarou Danrlei sobre a necessidade de
novos nomes para a sequência da temporada.

Ainda respondendo à pergunta
do O Hoje, o zagueiro afirmou que um clube como o Vila necessita de um bom
plantel. “A gente sabe que a diretoria e a comissão (técnica) vão escolher
jogadores a dedo para vir ajudar, e a gente não pode ter vaidade no momento, de
não querer mais peças, um adversário para brigar pela posição. Eu não posso ser
hipócrita em dizer isso, a gente sabe que o grupo precisa ser forte,
qualificado, porque vamos entrar em uma competição como favoritos. Temos de ter
em mente que aqueles que vão chegar brigam por espaço, assim como nós que
continuamos. Quem vai ganhar com isso é só o Vila”, concluiu.

Danrlei também tocou no
assunto do período de treinamentos. “É importante ter um momento de preparação.
Geralmente, nas pré-temporadas temos apenas 20, 30 dias para fazer uma boa
pré-temporada entre parte física e técnica, então agora a gente está ganhando
esse tempo de preparação. Se temos limão, temos de fazer uma limonada, porque é
importante. Às vezes a gente reclama que não temos tempo para treinar, é jogo
atrás de jogo. Isso às vezes atrapalha, mas eu te digo que tempo para treinar
nunca é demais, então a gente fica feliz de ter um bom tempo para treinar,
qualificar nossa equipe. Mas a gente fica triste por não ter perspectiva de
jogo, são os jogos que nos motivam. Os jogadores precisam de jogos, nem que
seja um coletivo entre nós mesmos. A gente sabe que isso a gente nem tem
previsão para fazer, mas temos de ser profissionais no momento e treinar”,
explicou.

Por fim, ele também abordou como reagiria se os campeonatos nacionais
fossem cancelados. “Com muita tristeza, porque a gente gosta, é o que a gente
ama fazer. Acredito também que vocês (da imprensa) também ficariam tristes,
pois trabalham com isso, mas a gente torce, a gente reza para que isso não
aconteça porque é o nosso emprego, de onde a gente tira o sustento para a nossa
família”, comentou.