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quinta-feira, 28 de novembro de 2024
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Combate à Covid-19

Goiás pode registrar mais de 18 mil óbitos em setembro se mantiver isolamento como está

Em reunião com governador na manhã desta segunda, especialista apresenta estudo dos índices do Estado e sugere alternância entre lockdown e flexibilzação| Foto: Divulgação

Postado em 29 de junho de 2020 por Redação
Goiás pode registrar mais de 18 mil óbitos em setembro se mantiver isolamento como está
Em reunião com governador na manhã desta segunda

Eduardo Marques

Um novo estudo da Universidade Federal de Goiás (UFG) estima um colapso hospitalar em julho e 18 mil mortes por Covid-19 até setembro, em Goiás. Os números são baseados caso o isolamento social continue como está atualmente, 36,89%. O estudo foi divulgado na manhã desta segunda-feira (29) em live com governador Ronaldo Caiado (DEM).

A pesquisa aponta que, caso o nível de isolamento social não aumente, será necessário 2 mil leitos no mesmo dia e ao mesmo tempo até o final de julho, levando a um colapso hospitalar. O secretário de saúde Ismael Alexandrino alertou que, nem nos maiores esforços, a criação desta quantidade de leitos seria possível.

Conforme último boletim epidemiológico, o Estado tinha, até este domingo (28), 22.012 casos confirmados e 435 mortes. Na live desta manhã Ismael Alexandrino lamentou mais nove mortes na noite de domingo para segunda-feira só no Hospital de Campanha de Goiânia.

Como solução para reverter essa quantidade de mortes, a UFG apresentou inicialmente uma proposta de quarentena intermitente por três meses que salvaria em média 13,5 mil vidas.

Visto que esta medida não seria aceita pela população e prejudicaria drasticamente a economia, a universidade propôs uma outra estratégia chamada 14 por 14, ou seja, o comércio ficaria fechado 14 dias diretos e, posteriormente 14 dias em funcionamento, até setembro. A UFG estima que esta estratégia salvaria, em média, 9 mil vidas até setembro. 

Em outro trecho da apresentação o especialista lembrou que atualmente a capital conta com 300 pessoas em UTIs e 600 pessoas internadas. “Essa demanda deve praticamente duplicar nos próximos 15 dias. Precisaremos do dobro de leitos, assumindo que não conseguiríamos hospitalizar o dobro de pessoas e teríamos um colapso hospitalar entre 8 e 15 de julho”, disse o professor Thiago Rangel.

Para ele, Goiás precisará de “pulso firme” se quiser, de fato, conter o avanço da doença no Estado. Ele disse que, apesar de amargo, a diferença entre a abertura e o fechamento total de todas as atividades – lockdown – pode representar uma diferença de 13 mil mortes. “É como se o município de São João da Aliança inteiro perdesse a vida”, pontua.

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