Adson celebra 50 anos, se diz ansioso para a Série A e relembra aprendizados
Reformas no Centro de Treinamento e estádio Antonio Accioly se tornaram o foco de Adson Batista nos últimos anos – Foto: Paulo Marcos/ACG
Felipe André
O presidente do Atlético Goianiense, Adson Batista, comemora nesta quarta-feira (22) o aniversário de 50 anos, que coincide com a data que completa 15 anos trabalhando no rubro-negro. Com três acessos e sete títulos desde 2005, o dirigente atleticano está a frente da equipe em mais uma disputa da Série A, que o Dragão estreia no dia 9 de agosto, diante do Corinthians, fora de casa.
“Fico feliz pelo reconhecimento, mas sei que minha responsabilidade aumenta cada vez mais para não decepcionar as pessoas que acreditam na minha pessoa. A ansiedade está muito grande, ficamos mais de quatro meses sem jogar. É muito tempo, nunca tive um tempo de tanta preocupação por um lado e tranquilidade por outro. Espero que possamos fazer uma grande campanha, e mostrar para muita gente principalmente fora de Goiás que já coloca o time como provável rebaixado”, destacou Adson.
Ainda buscando ao menos um lateral-esquerdo e um centroavante, Adson Batista revelou que mais atletas podem chegar para a primeira divisão. Além do mais, outros nomes podem deixar o elenco atleticano, mas o presidente do Atlético ressaltou as dificuldades do mercado brasileiro.
“Ainda precisamos de uns três, quatro jogadores, que uns dois ou três saiam, pois não tem correspondido o que a Série A exige. O mercado não é fácil, tem atleta querendo pedir R$ 150, 200 mil, mas nós não vamos sair dos nossos parâmetros, vamos trabalhar dentro das nossas possibilidades e esperamos uma grande competição, pois o grupo está muito envolvido com isso”, completou Adson Batista.
Adson tratou de relembrar a trajetória que somou cinco edições de Campeonato Goiano a prateleira de títulos do clube, além de uma Série C (2008) e uma Série B (2016). Mesmo durante a pandemia, o clube não parou de trabalhar e apresentou melhorias na estrutura do Centro de Treinamento, foco de reformas desde a participação na primeira divisão em 2017.
“Hoje estou como presidente do Atlético e me sinto muito feliz, comecei aqui há 15 anos com muitas dificuldades. Quando me perguntam se eu faria tudo de novo, eu digo que não sei, se soubesse tudo que passei, talvez faria outra coisa, mas é o que eu gosto. Meu maior desafio é fazer o Atlético crescer cada dia mais. Poucas pessoas, mas importantes, participaram e uma equipe muito funcional e dedicada, que fomos qualificando ao passar do tempo, ninguém faz nada sozinho. Espero que essa pandemia possa acabar e abrir o clube para que vocês tenham noção do que foi feito nesses quatro meses de pandemia, muitas pessoas vão enxergar um clube diferente, um novo vestiário, novo departamento médico, nova área de convivência. Eu gosto de deixar um legado, essa reestruturação do CT e também o Accioly que vai ficar muito melhor para atender as exigências da Série A. Quero deixar o time na primeira divisão com o menor orçamento do futebol brasileiro, com muito trabalho e determinação”, disse Adson.
“O maior ensinamento talvez tenha sido em 2013, que tentamos manter o time que desceu da Série A. Um grupo que não tinha motivação, sem recursos financeiros e isso talvez tenha sido o que mais me fez reavaliar algumas coisas. Tem jogador para uma divisão, outro para outra e precisa de novos perfis para cada competição”, finalizou Adson.