Polícia descarta crime sexual em Danilo; padrasto e amigo são suspeitos por morte
O autor teria pisado na cabeça da criança contra o chão para evitar os gritos e introduziu um pau nas nádegas da criança, levantando a suspeita de violência sexual – Foto: Reprodução.
Nielton Soares
A Polícia Civil de Goiás (PC-GO), em entrevista coletiva no final da tarde desta sexta-feira (31), na frente da sede da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), descartou a violência sexual contra o menino Danilo de Sousa, de 7 anos.
Segundo a polícia, o autor utilizou de um pau, que foi ‘introduzido nas nádegas” da criança, próximo ao ânus, por isso, houve, inicialmente, a suspeita de que teria havido violência sexual, uma vez que o cadáver já estava em estado avançado de decomposição.
O titular da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), delegado Rilmo Braga, responsável pela força-tarefa montada para solucionar o caso, esclareceu que o instrumento utilizado no crime trata-se de “um pedaço de madeira, de aproximadamente 2 cm de diâmetro e de aproximadamente um metro de cumprimento”, que causou uma perfuração nas proximidades do ânus, provocando bastante sangramento. “É importante que fique registrado, apenas a agressão foi cometida na cavidade na proximidade anal”, reforçou o delegado.
“A agressão em relação ao sangramento foi em vida, e é isso que demonstra a impossibilidade de que apenas uma pessoa tivesse matado, porque uma lesão dessa natureza em vida, causa uma dor insuportável ao ser humano, o que geraria lesões de defesa, que não foram diagnosticadas. E, estão totalmente descartadas”, relatou Braga.
Ele acrescentou que a morte foi por afogamento. “Isso é disser que a agressão que ocorreu anteriormente a morte por asfixia, barro e também água, ela ocorreu em razão de agressão com essa paulada. E, não foram pauladas exclusivamente no local fatal, mas também pauladas na cabeça e ombro. Essas não podem ser diagnosticadas porque o corpo estava em avançado estado de decomposição”, afirmou.
Segundo o delegado Ernane Oliveira Cazer, que também investiga o caso, relatou que Hian disse que ara evitar os gritos do menino, o suspeito pisou sobre a cabeça de Danilo, forçando contra o chão.
Motivação do crime
O delegado Ernane Cázer informou que a motivação do crime, para Hian Alves de Oliveira, de 18 anos, foi financeira, pois teria sido prometido a ele a utilização da moto e carro do padrasto da vítima para ser utilizado em trabalho de reciclagens. Já para Reginaldo Lima Santos, de 33 anos, “tinha aversão pelas crianças que não eram dele, no relacionamento com a companheira. E, chegou a comentar com o Hian, que ele queria tirar essas crianças de dentro da casa. Ele já não suportava mais a convivência com os meninos”, relatou o delegado.
Pelas redes sociais, o governador Ronaldo Caiado (DEM) parabenizou o trabalho da polícia. “Quero parabenizar a nossa Polícia Civil pela solução do crime brutal que tirou a vida do pequeno Danilo. Episódio triste em nosso Estado, mas que não ficou impune. A dor da mãe e dos familiares permanece, mas a impunidade não terá vez. Que Deus conforte os familiares pela perda do amado Danilo. E que a justiça seja dura contra quem cometeu esse assassinato”.