Caso Danilo: polícia apreende pedaço de madeira usado no crime
Hian Alves, suspeito de participação no assassinato, indicou a Polícia Civil o local em que a arma estava escondida. A mesma foi localizada sob tábuas na obra de uma igreja, onde o suspeito trabalhava – Foto: Reprodução
Marcella Vitória
O suspeito Hian Alves de Oliveira, de 18 anos, indicou e levou a Polícia Civil até o local onde estava escondido o pedaço de madeira utilizado para matar o garoto Danilo de Sousa Silva, de 7 anos. A arma utilizada no crime estava em uma construção em que ele trabalhava, no Parque Santa Rita.
De acordo com a PC, o objeto estava escondido sob tábuas na obra de uma igreja aos fundos da casa do pastor Fabiano Silva, que havia acolhido Hian há alguns meses para ajudá-lo.
Um vídeo divulgado pelos agentes mostram o momento em que, conduzido por agentes da Delegacia Estadual de Homicídios (DIH), Hian, vestido de uniforme de detento da Delegacia de Capturas, atravessa a construção e indica onde estava a arma.
Perícia
A perícia feita no corpo do garoto e no local do crime indicaram que o pedaço de madeira foi usado na agressão, antes que Danilo morresse. Com a localização dessa arma, peritos da Polícia Técnico-Científica continuarão o trabalho de análise.
A reconstituição do crime, prevista pela Polícia Civil para ajudar a esclarecer os últimos detalhes do caso, está marcada para as 18h de terça-feira (4).
Prisão
O jovem foi preso, na última sexta-feira (31), junto com Reginaldo Lima Santos, de 33 anos, padrasto e também suspeito de matar a criança. Ambos estão detidos na carceragem da Delegacia de Capturas.
Hian confessou a participação no crime, já Reginaldo continua negando qualquer envolvimento no caso. Eles são suspeitos de homicídio e ocultação de cadáver.
O crime
A investigação revela que Danilo foi levado pelo padrasto e o colega para uma mata a 100 metros da casa onde morava. O padrasto teria agredido o enteado com pauladas e pisado na cabeça dele para evitar gritos de socorro durante a agressão.
No último dia 21 de julho a família denunciou o desaparecimento de Danilo. O corpo dele foi encontrado seis dias após a morte, no mesmo local de mata. A participação de Hian Alves foi auxiliar Reginaldo durante a ação, em troca de uma moto e um carro. Ele detalhou o crime à polícia.
Motivação
Segundo a Polícia Civil, o padrasto responde na Justiça por uma tentativa de matar a esposa, mãe de Danilo, a facadas. O delegado Rilmo Braga explicou que Reginaldo estava insatisfeito com a convivência com o menino e tinha aversão aos enteados. A família era composta por seis crianças, três delas eram fruto da relação de Reginaldo com a mãe de Danilo.