Fisioterapeuta e preparador físico falam sobre a situação dos jogadores do Vila Nova
Alan Mineiro foi um dos principais assuntos abordados nas entrevistas – Foto: Douglas Monteiro/Vila Nova
Luiz Felipe Mendes
Fazendo uma pausa na rotina de
apresentação de jogadores – na segunda-feira (3), Derli, Jonh Lennon e Dudu
falaram com os jornalistas, e na terça-feira (4) foram Igor, Willian Formiga e
Rafael Donato -, o Vila Nova abriu espaço nesta quarta-feira (5) para o Dr.
Bruno Baldo, do laboratório de biomecânica MindSet, e o preparador físico
Leonardo Bassotto explicarem o processo de recondicionamento dos jogadores.
O primeiro a falar foi Bruno
Baldo, um dos fisioterapeutas responsáveis por comandar as avaliações físicas,
ao lado de Thiago Vilela e Pedro Rabelo, na intenção de reduzir o risco de
lesões. “A avaliação que realizamos foi a do dinamômetro isocinético que
mensura força. Então, nesse período de inatividade é interessante esse tipo de
avaliação para que o preparador físico e o fisioterapeuta do clube consigam
identificar alguma discrepância ou desequilíbrio de força nos atletas. Daí
juntamente com os testes feitos pela comissão técnica é possível prevenir que
os jogadores possam sofrer alguma lesão e, claro, potencializar a sua
performance nos treinos e jogos”, explicou o Dr. Bruno.
Sobre a frequência dos exames,
o fisioterapeuta fez algumas ressalvas. “Se for fazer para o elenco
inteiro, seria interessante se fazer esses exames a cada seis meses, ou até para
ser mais exato, de acordo com a preparação física dos jogadores. Mas claro, que
com o calendário do futebol é mais complicado. Então, entendo que seria ideal
conseguir fazer essa avaliação pelo menos na pré-temporada”, afirmou.
Na sequência, foi a vez de
Leonardo Bassotto abordar o condicionamento físico dos atletas colorados.
Naturalmente, o assunto mais explorado foi relacionado à volta de Alan Mineiro,
lesionado desde o final do ano passado.
“Em relação ao Alan,
estamos desenvolvendo um trabalho muito intenso e forte desde que ele chegou.
Porém, pelo período que ele teve de inatividade, acredito que isso o tenha
prejudicado um pouco. Ele vem em uma evolução boa, desde a semana passada está
sendo inserido aos trabalhos do grupo, mas com restrições. Agora com esse
resultado da avaliação isocinética, vamos ter mais confiança para liberá-lo sem
restrições, mas te asseguro que o condicionamento dele ainda está bem longe do
ideal, e ele sabe disso, a gente conversa diariamente”, comentou.
O preparador físico ainda
completou. “Para o jogo do Manaus, ele não tem condições, já adianto, e semana
a semana vamos ter que avaliar. Não consigo te prever qual será a condição dele
na semana que vem. A gente espera o mais rápido possível poder contar com ele,
mas eu não posso ser irresponsável e colocá-lo em risco simplesmente pelo
anseio de vê-lo em campo”, projetou.
Sobre a situação geral dos
jogadores, Bassotto revelou não ter visto muitas discrepâncias. “No geral,
os atletas se apresentaram em um nível muito parecido, porque mesmo a gente não
estando treinando de forma presencial, eles estavam sendo monitorados e
acompanhados durante o período da quarentena. Eles vinham em um tipo de
trabalho parecido. Tentando me lembrar, não teve nenhum atleta que gerou uma
grande preocupação, a gente não teve ninguém que se apresentou com um
condicionamento muito defasado. A situação do Alan foi o principal por causa da
lesão mesmo, mas em geral o grupo se apresentou em uma condição boa e evoluiu
muito. A dedicação deles no dia a dia surtiu muito efeito porque a evolução de
semana a semana foi visível, notória”, disse.
Ainda de acordo com o preparador físico, o elenco vilanovense só deve ter
condições ideais com o ritmo de jogo. O Tigre entra em campo no próximo sábado
contra o Manaus, fora de casa, pela primeira rodada da Série C do Brasileirão.