Marcella Vitória

A reprodução simulada relativa ao Caso Danilo será realizada nesta quinta-feira (6), às 15h, no local onde o corpo foi encontrado, na Avenida Seringueira, Parque Santa Rita, em Goiânia. Devem participar os investigados pela morte de Danilo de Souza, de 7 anos, e testemunhas, que serão essenciais para esclarecer a dinâmica do crime, além da possível participação de outros envolvidos.

Os trabalhos serão conduzidos por 40 policiais civis, sendo 30 da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), 10 da Coordenadoria de Operações Especiais (CORE/GT3, grupo tático da Polícia Civil), além de 10 policiais da Força Nacional e 5 peritos do Instituto de Criminalística (IC). 

Os policiais civis da CORE/GT3 trabalharão no isolamento da área, na contenção de eventuais conflitos e aglomeração por populares. A área do fato será isolada e a imprensa poderá acompanhar à distância. 

Linhas de investigação

A Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO) informou nesta quarta-feira (5), por meio de nota, que das cinco linhas de investigação sobre o Caso Danilo, duas já foram descartadas. Isso causa o surgimento de dúvidas sobre a participação ou não do padrasto de Danilo, Reginaldo Lima Santos.

Rumores de que o homem não teria envolvimento no assassinato do menino de sete anos circulam cinco dias após ele ser levado preso como suspeito, junto com Hian Alves de Oliveira, filho adotivo de um vizinho.

Hian relatou à polícia que Reginaldo teria levado Danilo a uma mata a cerca de 100 metros da casa onde morava, e que teria o auxiliado a segurar o menino, e logo após levá-lo ao local onde foi encontrado morto. Em troca, ele receberia uma moto e um carro como pagamento.

Após investigações, a PC anunciou que precisaria de uma apuração mais aprofundada antes de comentar o possível não envolvimento de Reginaldo no crime. Somente após a reconstituição do crime a polícia irá confirmar a participação do padrasto e esclarecer outras questões relacionadas ao caso. 

Confira nota da PC na íntegra:

A Polícia Civil de Goiás informa que havia cinco linhas de investigação sobre o Caso Danilo, das quais duas já foram descartadas. Até a conclusão do inquérito policial, não há como formar nenhum juízo de certeza quanto à participação ou não dos envolvidos. Isso só será possível de afirmar após a reprodução simulada dos fatos, diligência imprescindível à investigação, bem como análise das demais provas. Diante da necessidade de aprofundamento das investigações e da necessidade de cumprimento dos prazos processuais, a DIH só voltará a se manifestar em entrevistas sobre o Caso Danilo após a conclusão do inquérito policial.