Donos da Avianca Brasil são presos por suspeita de desvio na Transpetro
Polícia Federal cumpriu nesta quarta (19) mandados de prisão e busca na fase 72ª da Operação Lava Jato | Foto: Reprodução.
Nielton Soares
Os donos da companhia Avianca
Brasil estão em prisão domiciliar. A Polícia Federal (PF) cumpriu mandado,
nesta quarta-feira (19), contra os irmãos Germán e José Efromovich, principais
acionistas da Synergy Group, por suposto desvio na Transpetro. A ação faz parte
da 72ª fase da Operação Lava Jato.
Os dois são suspeitos de
corrupção e lavagem de dinheiro em compra e venda de navios em contratos
firmados pela Transpetro – subsidiária da Petrobras. Ao todo a polícia cumpriu
seis mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos executivos.
A força-tarefa, coordenada pela
Ministério Público Federal (MPF), investiga os crimes que teriam sido praticados
durante licitação e celebração de contratos entre a Transpetro e os Estaleiro Ilha
S.A (EISA), para a fabricação e fornecimento de navios.
Segundo as investigações, a
empresa teve prejuízo de R$ 611,2 milhões por causa dos contratos com o
estaleiro, que é controlado pelo Synergy Group, ligado aos irmãos. Os recursos
são de adiamentos, suspensão de dívidas, irregularidades nos acordos, entrega
irregular de um navio Panamax e não entrega de outros três navios.
Das manobras, segundo a PF, os
envolvidos teriam recebido propinas de R$ 40 milhões. Germán disse que nada
deve e que nunca doou ou recebeu dinheiro da Transpetro. “Minhas contas
são transparentes, podem olhar tudo. Nunca, nunca,” defendeu.
A Transpetro, por meio de nota, informou
que “desde o princípio das investigações, colabora com o Ministério
Público Federal e encaminha todas as informações pertinentes aos órgãos
competentes. A companhia reitera que é vítima nestes processos e presta todo
apoio necessário às investigações da Operação Lava Jato”.