Vice-prefeito de Trindade, citado em escândalo da igreja, diz ser inocente
Gleysson Cabriny informou que muitas pessoas fizeram negócios com as associações religiosas | Foto: Reprodução.
Nielton Soares
Citado no caso de supostos
desvios de recursos em associações da Igreja Católica, no caso do padre Robson,
o vice-prefeito de Trindade, Gleysson Cabriny, por meio de nota, informou que
não foi alvo de busca e apreensão e que ninguém foi à residência dele.
Segundo o político, no
comunicado, depois de ter o nome mencionado em decisão judicial, de que todos
que realizaram negócios com as Afipes estão relacionados no documento da juíza
Placidina Pires.
Ele comenta que o nome dele
aparece apenas uma vez na “extensa decisão” judicial. De acordo com a nota, o vice-prefeito
de Trindade sequer não foi intimado para fazer esclarecimentos, mas que está ao
dispor das autoridades para qualquer esclarecimentos.
O caso faz parte das investigações
da Operação Vendilhões, que foi deflagrada na sexta-feira (21), por supostas
apropriações indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e
sonegação fiscal, sob a presidência do padre Robson.
O religioso pediu afastamento de
todas as funções e está proibido pela Igreja de aparecer em qualquer canal da
igreja. No domingo (23), a Arquidiocese de Goiânia revogou, temporariamente, o
uso de ordens de Robson, o que lhe impede de celebrar missas e outras
atividades.
Processo judicial
Sem sigilo, o processo judicial
da juíza Placidina Pires, da Vara dos Feitos Relativos a Organizações
Criminosas e Lavagem de Capitais, cita que Gleysson teria realizado várias operações
financeiras com as entidades religiosas.
O vice-prefeito estaria nos
quadros societários de pessoas jurídicas, constando no ramo de comunicações,
dos Sistema Alpha de Comunicação e Rede Demais Comunicação. Essas receberam “vultuosas
quantias em dinheiro das Afipes” ainda de fazerem muitas aquisições por meio de
“transações imobiliárias”.