Ana Julia Borba 

Previsão divulgada
nesta sexta-feira (4), pelo Ministério da Economia, mostra que as contas
públicas do Governo Federal devem fechar o ano com um déficit de R$ 866,4
bilhões. O valor supera a estimativa feita em julho deste ano, quando o déficit
era de R$ 787,45 bilhões. A previsão representa 12,1% de tudo o que o país produz
– Produto Interno Bruto (PIB).

A meta de déficit primário para este ano era de R$ 124,1 bilhões (1,7%
do PIB), mas em razão do decreto de calamidade pública no país, o governo dispensou
cumprir o objetivo. O impacto fiscal pelo enfrentamento da crise da Covid-19,
já soma R$ 605 bilhões. Desse total R$ 545 são por despesas, e outra parte correspondem
a perda de receitas geradas por redução de tributos.

Conforme reportagem da Agência Brasil, a maior parte das despesas dentro
desse valor são relacionadas aos pagamentos do auxílio emergencial, no valor de
R$ 321,8 bilhões, e R$ 67,8 bilhões desse valor correspondem ao pagamento
adicional de 4 parcelas de R$ 300,00, anunciado pelo Governo Federal nessa
semana. De acordo com o secretário
especial da fazendo, Walderley Rodrigues, os gastos com auxilio emergencial e
outras medidas serão restritos a 2020, valendo até 31 de dezembro.

Dívida Pública

A expectativa das dívidas bruta
do governo geral, no qual contabilizam os passivos dos governos federal,
municipal e estaduais alcance 94,6% do PIB até final de 2020. Já a dívida
liquida do setor público (balanço entre
o total de créditos e débitos dos governos federal, estadual e municipal) deve
alcança 67,9% do PIB em 2020.