Felipe André

Após se pronunciar pela primeira vez sobre o “caso Jorginho”, o treinador Vagner Mancini voltou a ser questionado sobre o atleta. Antes do duelo contra o Grêmio, que acontece neste domingo (6), às 19h (horário de Brasília), no estádio Olímpico, em Goiânia, o comandante reafirmou que não conversou com o camisa 10, que ainda não explicou os motivos que o levaram a realizar a publicação em uma rede social. 

De acordo com o treinador, Jorginho até viu Vagner Mancini, mas preferiu não dizer nada. Titular até a partida contra o Fluminense, o meio-campista participou de 14 jogos nesta temporada e marcou quatro gols, sendo dois pela Série A, contra o Flamengo e contra o Sport. Apesar disso, a situação agora será resolvida por Adson Batista, presidente do rubro-negro.

“O caso do Jorginho extrapolou a parte desportiva, entrou na parte da administrativa, virou um problema para a diretoria resolver. Da minha parte eu tenho pouco a dizer, o atleta não conversou comigo, ele passou por mim e não disse nada. Não sei o que ele está pensando. Conversei com os atletas, a minha maneira de trabalhar é olho no olho, falando a verdade e não tem como fazer diferente. Estamos em um grupo de 28 a 29 atletas, homens responsáveis. Quando acontece um desgaste, eu converso e digo a verdade para eles. Não posso omitir informação, também fui atleta e eles confiam em quem tem a palavra. Se você mentir, não vai ter mais o respeito deles”, disse o treinador atleticano.

Sem viajar, Jorginho também não participa dos treinos comandados por Vagner Mancini. O treinador passou a decisão para Adson Batista e também ressaltou que isso só irá acontecer, quando o meio-campista se explicar com todo o elenco, comissão técnica e funcionários.

“A partir do momento em que o atleta se recusou a entrar no ônibus para viajar, comigo ele não treina mais, já repassei ao Adson [Batista]. Exceto se ele se explique, até agora todos sabem mais do que eu, não tive nenhuma conversa com o jogador. Quando ele se explicar, ele pode voltar a treinar. Não foi só com o Mancini, ele desrespeitou todos os colegas e funcionários. Não sou contra o Jorginho, ele era titular do meu time e quando eu o retirei acabou gerando isso. Quando ele ficou 12 dias afastado por conta do Covid-19, ele voltou no domingo anterior ao jogo contra o Flamengo e com quatro dias eu confirmei ele no time titular. Não sei se ele tem algo contra a minha pessoa”, completou Mancini.