Tribunal de Justiça do Estado de Goiás doa 50 computadores para alunos carentes da UFG
5 mil estudantes da Universidade Federal de Goiás não possuem condições de comprar um computador para dar continuidade as aulas remotas.- Foto: Reprodução/ Divulgação
Ana Julia Borba
Nesta
terça-feira (15), será realizado um evento simbólico para formalizar a doação
de 50 computadores que não atendem mais as demandas do Poder Judiciário para alunos de baixa-renda da Universidade Federal de Goiás
(UFG). Os equipamentos serão disponibilizados pela Pro-Reitoria de Assuntos
Estudantis (PRAE) responsabilizada pelas polÃticas e assistência aos alunos da
UFG. Os computadores já foram entregues em razão da urgência dos alunos.
Estarão presentes no evento o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), desembargador Walter Carlos Lemes, junto ao reitor da Universidade Federal de Goiás, Edward Madureira.
Segundo
estudos da UFG, cerca de 25% de seus estudantes possuem renda per capita de 0,5
do salário mÃnimo, os cálculos equivalem a 5 mil estudantes que não possuem condições
de comprar um computador para dar continuidade as aulas remotas.
Ensino Remoto
Em razão da pandemia, escolas e universidades
tiveram que se adaptar ao um novo formato, o ensino remoto. No qual os alunos
assistem aulas on-lines e recebem materiais virtualmente. As instituições privadas
estabeleceram esse formato no inÃcio da pandemia, já as públicas se
integraram no formato recentemente.
Segundo a Unicef, para mais de 4,8 milhões de alunos
brasileiros esse ensino é inacessÃvel, e pelo menos 17% dos estudantes
matriculados em escolas brasileiras não conseguem acompanhar o conteúdo
programático escolar de forma satisfatória
Além da
dificuldade de acessar as plataformas que as instituições disponibilizam as atividades e as
aulas, a pandemia também pode vir a provocar uma evasão nas universidades, fazendo
com que alunos desistam do futuro profissional. Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Mantenedoras
do Ensino Superior (Abmes) divulgada em junho aponta que, entre os alunos
entrevistados, 42% afirmaram que há risco de desistir do curso.