Ana Julia Borba 

A primeira morte causada pelo Covid-19 no Brasil aconteceu
em março deste ano, e no último domingo (13) o país chegou a marca de 138 mil
mortes causadas pela doença.

De acordo com analises do UOL referente ao SIM (Sistema de
Informação sobre Mortalidades), do Ministério de Saúde (MS), entre as caracterizações
de mortes naturais, os problemas cardiovasculares, doenças isquêmicas do
coração, incluindo infarto representam cerca 116 mil mortes por ano.

De doenças respiratórias,
a pneumonia sempre foi a mais propicia a causar óbitos, e em 2019 foi
responsável por cerca de 83 mil mortes. Em termos de comparação, as mortes
causadas pela Covid-19 superaram o número de homicídios, ocorrido em 2017,
totalizando em 62 mil pessoas.

“O vírus realmente tem um impacto imenso
no mundo inteiro, não é no Brasil, só. E apesar da letalidade parecer pequena
—de 0,6%, segundo estima a OMS [Organização Mundial de Saúde] no mundo— é um
número extremamente alto porque é uma doença que está tendendo a uma
estabilização em um ponto alto de casos e ainda de óbitos” explica a
professora e pesquisadora da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). 

A pesquisadora ressalta que os impactos
da doença já eram de se esperar, e que é preciso levar em conta que além das
altas taxas de contaminação e letalidade, a Covid-19 é uma doença de
tratamentos limitados. “O problema é que ainda
não temos uma medicação específica ou uma vacina. Apesar de várias vacinas em
teste serem promissoras, ainda há um longo caminho a ser percorrido até a
comercialização e vacinação da população que permita interromper a circulação
do novo Coronavírus”, afirma.