Breno Modesto

Reserva imediato de Henan, o atacante Rafhael Lucas
marcou, diante da Jacuipense, na última rodada do Brasileirão da Série C, seu
primeiro gol com a camisa do Vila Nova. Além de ter sido o primeiro tento com a
camisa colorada, o atleta voltou a balançar as redes depois de quase cinco
meses. O último havia sido pela Anapolina, ainda pelo Campeonato Goiano.

Por não ter tido a oportunidade de celebrar com os
torcedores vilanovenses, Rafhael Lucas cita que é um momento estranho vivido no
mundo do futebol, mas que, apesar das adversidades, o feito tira um peso de
suas costas e lhe dará mais confiança para o restante da temporada.

“Foi um pouco diferente. Aqui, no Goianão, eu já
tinha feito gols em partida com os portões fechados. É uma sensação estranha.
Temos apenas os nossos companheiros dentro de campo, mas dá pra sentir também a
vibração da torcida do Vila (Nova), que é muito apaixonada e que vibra a cada
gol marcado. Mas eu fiquei muito feliz. É um gol que traz confiança. Tirei um
peso das minhas costas, por conta do tempo se marcar. Acredito que trará mais confiança.
Espero ter ‘aberto a porteira’, para continuar ajudando”, explica Rafhael.

Sobre o favoritismo do Colorado a uma das quatro
vagas à segunda divisão nacional, o centroavante não foge da pressão, mas
salienta que o Tigre não pode se pautar apenas pelo resultado diante da
Jacuipense, pois a tendência é que os jogos no segundo turno sejam mais
difíceis ainda.

“Eu acredito que, desde o início, o Vila Nova é um
dos favoritos para conseguir a classificação (à próxima fase) e para o acesso. Nós
não podemos cair na armadilha do resultado da partida contra a Jacuipense. É
claro que ele traz confiança à equipe e deve ser comemorado, mas sabemos que,
pela situação de todas as equipes já se conhecerem, a tendência é que os jogos
sejam mais difíceis. Então, temos de entrar mais ligados, mais concentrados.
Essa partida contra o Manaus é muito importante, porque, se vencermos, podemos
abrir uma distância para o quinto colocado”, analisou o jogador.

Para a segunda metade do torneio, Rafhael Lucas
frisa que nada foi conquistado ainda e que, se os comandados do técnico Bolívar
quiserem alcançar os objetivos traçados, precisam manter os pés no chão.

“Nós sabemos do poder e da qualidade da nossa
equipe. Tirando jogo contra o Ferroviário, que tivemos um deslize nos minutos
finais, nós jogamos muito bem. Sabemos que estamos jogando bem, e o Bolívar tem
colocado na nossa cabeça que não podemos abaixar o ritmo, pois ainda não
conquistamos o que desejamos. O campeonato fica mais difícil a cada dia, então,
temos de trabalhar mais e manter os pés no chão. Vale ressaltar também a união
da nossa equipe. Todos estão se ajudando”, finalizou o camisa 49.

O Vila Nova volta a campo na próxima segunda-feira (12), quando recebe o Manaus, às 20h, no Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga. A partida é válida pela 10ª rodada da Terceirona.