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sábado, 28 de dezembro de 2024
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Perspectivas

Medo do desemprego é maior entre mulheres e jovens, informa CNI

Pesquisa mediu expectativa da população em setembro deste ano. Público feminino somou 62,4 contra 46,8 masculino | Foto: Reprodução.

Postado em 14 de outubro de 2020 por Nielton Soares
Desemprego atinge 14 milhões de pessoas na 4ª semana de setembro
Resultado é estatisticamente estável em relação à semana anterior

O medo do desemprego entre as
mulheres é bem superior ao dos homens, mostra indicador da Confederação
Nacional da Indústria (CNI) divulgado nesta quarta-feira (14). O Índice de Medo
do Desemprego e Satisfação com a Vida é uma publicação trimestral da CNI e
nesta edição entrevistou 2 mil pessoas em 127 municípios do país, entre os dias
17 e 20 de setembro.

O indicador de medo do desemprego
no público feminino ficou em 62,4 contra 46,8 no público masculino, uma
diferença de 15,6 pontos. O medo do desemprego também é maior entre os jovens,
especialmente aqueles na faixa dos 16 aos 24 anos (57,9), e o da faixa
seguinte, entre 25 e 34 anos (57,3). Esse indicador também é maior entre a
população que reside no Nordeste (61,2) e os que recebem até um salário mínimo
(65).

Apesar dos graves impactos
econômicos da pandemia de Covid-19, o medo do desemprego na população em geral
ficou em 55 pontos, uma queda de 1,1 ponto na comparação com dezembro de 2019.

“A partir do fim do primeiro
trimestre de 2020, as medidas de proteção adotadas no período contribuíram para
conter o desemprego e aumentar a segurança no emprego. Possivelmente, a
transferência de renda às famílias também contribuiu para esse resultado. Por
fim, a retomada gradual das atividades comerciais e produtivas nos últimos
meses tem impactado positivamente a formação de expectativas dos agentes, que,
em um primeiro momento, esperavam por uma recuperação econômica mais lenta”,
avalia a CNI.

Satisfação com a vida

Já o índice de satisfação com a
vida cresceu ligeiramente entre dezembro do ano passado e setembro deste ano,
passando de 68,3 para 68,5 pontos. A satisfação com a vida aumenta à medida que
a renda também aumenta. Entre os que ganham mais de cinco salários mínimos,
esse valor é 72,8 pontos, enquanto quem tem renda de até um salário mínimo
registrou pontuação de 65,7.

O indicador também é melhor entre
os homens (70 pontos) na comparação com as mulheres (97,1).

 

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