Erick fala mais sobre projeto que motivou mudança para Emirados Árabes: “Abracei a ideia”
Atacante tem contrato com Al Bataeh até abril de 2021, mas espera seguir em solo árabe por mais longo tempo – Foto: Arquivo pessoal
Victor Pimenta
Todo jogador desde o começo da
sua carreira, ainda nas categorias de base sonha em fazer sucesso no mundo da
bola, ser reconhecido, ganhar seu dinheiro e conquistar sua independência
financeira para ajudar seus familiares. Porém, nem todos conseguem realizar
esse sonho em um meio tão concorrido e disputado que é o futebol.
Alguns jogadores preferem deixar
seu país em busca de uma vida melhor, mesmo que tarde, em busca de
oportunidades que no Brasil dificilmente conseguiriam pelo momento atual em que
nos encontramos. O atacante Erick, tem apenas 20 anos e já vive esse seu
momento no mundo árabe. O jogador que foi um dos destaques do Vila Nova em
2019, foi contratado junto ao Al Bataeh e em falou um pouco mais da experiência
que está tendo longe de casa.
“No início foi difícil, até por
estar se adaptando a um lugar novo, os costumes, mas essa dificuldade não
demorou muito tempo. Foram poucos dias para me adaptar até porque todo mundo me
recebeu muito bem, me acolheram de uma forma incrível e me senti à vontade para
fazer o meu trabalho, me senti em casa e isso foi mais fácil para mim”, disse o
atacante.
Outros aspectos bastante difíceis
na mudança de um continente para o outro são a língua, a culinária e até mesmo
a religião. O jovem atacante que é natural de Brasília sentiu no começo a
mudança em relação aos costumes árabes, mas que tirou de letra nesse quesito.
“Isso tudo encaixa na adaptação,
mas confesso que não demorei muito para me adaptar, conheci tudo no início, fui
me ajeitando aos poucos, mas no fim consegui em adaptar muito bem. Sobre a
língua, eu falo mais inglês, até porque no país eles tem esse costume de falar
as duas línguas e isso facilitou bastante para mim”, falou Erick.
O atacante deixou o Vila Nova no
início de 2020 rumo ao Emirados Árabes e apesar da pouca idade, o garoto já
sonha lá na frente. O sonho de qualquer jogador é representar sua seleção e até
mesmo jogar uma Copa do Mundo, nem que para isso se naturalize por outro país
para a realização desse sonho. Foi o que aconteceu com Erick, que quando
assinou com o Al Bataeh, deixou claro o projeto do time e abraçou a ideia.
“Eles me ofereceram um contrato
muito longo, muito bom e com um projeto que com o passar dos anos se eu
continuar no país, tiver bons rendimentos, eu conseguir um passaporte local e
acabar se naturalizando pelo país, que é um dos projetos que eles têm para os
brasileiros pensando no futuro, porque o futebol aqui tem crescido bastante e
eles visam futuramente disputar uma Copa do Mundo e quanto mais pessoas se
naturalizarem e eles trouxerem para cá e crescer o futebol no país é ainda
melhor. Então, me apresentaram o projeto, abracei a ideia, achei que seria algo
muito bom e acabei vindo para cá”, falou o jogador do Al-Bataeh.
Outro fator importantíssimo na
vida de um jogador é ter a família ao seu lado. Embora o convívio seja pouco
até por conta de caminhos que os garotos têm que seguir para atingir seus
objetivos, eles são a base para que tudo corra perfeitamente. Foi assim com
Erick, que teve que afastar mais uma vez da sua família para buscar seu lugar
ao sol, mesmo que em outro continente, mas foi com a ajuda e a decisão deles
que o garoto deu mais um passo na carreira e que nenhum momento se arrepende da
escolha feita de se mudar para o Emirados Árabes Unidos.
“Antes de vir para cá, tive uma
conversa com meus pais, com meus empresários sobre essa vinda para cá e sobre o
projeto de carreira que foi dado a mim e a conversa com eles foi algo que teve
um peso muito grande nessa decisão. Creio que a idade não afetou muito, até
porque no plano de carreira que eu quero seguir não interfere em nada disso e
foi uma boa decisão, principalmente pelo clube que eu estava no Brasil e foi
uma boa escolha aceitar essa proposta, esse novo desafio porque querendo ou não
tenho que começar outros projetos, outros sonhos e como estou novo, eu creio
que esse é o ideal para começar desafios e não me arrependo dessa decisão”, ressaltou
o jovem.
Seu contrato com o Al-Bataeh tem prazo para se
encerrar em abril de 2021, não descarta propostas do Brasil mas ressalta: “A
princípio estou muito feliz com tudo que eu estou vivendo aqui, a maneira como
todos me abraçaram, o país em si. Então, espero continuar aqui, crescer cada
vez mais neste clube e nesse país e para poder pensar lá na frente”.